Por Rocky Swift
TÓQUIO (Reuters) - A maior onda de casos de Covid-19 do Japão até o momento está mostrando sinais de desaceleração, embora as autoridades estejam prorrogando as restrições para conter o vírus até o próximo mês na tentativa de reduzir a taxa de hospitalizações.
O principal conselheiro médico do Japão, Shigeru Omi, disse nesta quinta-feira que os centros de saúde passarão a se concentrar no atendimento de idosos e pacientes com risco de desenvolver a forma grave da doença.
"Embora as infecções ainda estejam aumentando, há uma tendência relativa de desaceleração entre os trabalhadores na faixa dos 20 e 30 anos", disse ele a repórteres após reunião da força-tarefa para saúde.
Na sexta-feira, o Japão inicia um fim de semana prolongado que no passado coincidiu com o aumento dos casos de coronavírus.
As restrições em Tóquio e 12 regiões para conter o vírus, que deveriam expirar no domingo, serão prorrogadas até 6 de março, informou o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, na quarta-feira.
Segundo um painel de especialistas, embora a taxa de infecções esteja diminuindo, o sistema médico permanece sob pressão e as hospitalizações podem continuar em alta.
Tóquio registrou 18.287 novas infecções na quarta-feira, patamar abaixo do recorde de 21.576 em 2 de fevereiro, o primeiro declínio semanal em quase dois meses.
Dados em todo o país mostram a mesma tendência de achatamento da curva, enquanto os casos na região de Okinawa, onde a última onda ganhou força, continuam diminuindo.