WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, acusou nesta terça-feira a inspetora-geral do Departamento de Saúde de ter produzido um "dossiê falso", segundo o qual os hospitais norte-americanos na linha de frente do combate ao surto de coronavírus sofrem de escassez.
Em ataque a mais uma agência reguladora federal, o presidente não deu nenhuma explicação para questionar o relatório a respeito das carências críticas dos hospitais.
As conclusões do documento confirmaram o que governadores, prefeitos e autoridades de saúde locais vêm dizendo há semanas: que hospitais de todo o país não têm capacidade suficiente para lidar com a disparada de pacientes de coronavírus.
Mas Trump insinuou que a inspetora-geral tem motivação política e perguntou por que ela não falou com almirantes, generais, o vice-presidente e outros encarregados antes de preparar o relatório.
"Outro dossiê falso", escreveu o presidente no Twitter.
O escritório da inspetoria-geral do Departamento de Saúde e Serviços Humanos é comandado por Christi Grimm, a principal vice-inspetora-geral, que está no escritório desde 1999.
O escritório não respondeu a um pedido de comentário sobre o tuíte de Trump.
As críticas de Trump surgem menos de uma semana depois de ele notificar o Congresso, na sexta-feira, de que estava demitindo o inspetor-geral da comunidade de inteligência dos EUA, que se envolveu no desencadeamento de um inquérito de impeachment ele no ano passado.
(Por Doina Chiacu)