Por Francesco Guarascio
BRUXELAS (Reuters) - Mais de 1 bilhão de doses de vacinas contra Covid-19 produzidas na União Europeia já foram exportadas desde dezembro de 2020, o que faz do bloco o maior exportador de imunizantes, disse a chefe da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, nesta segunda-feira.
As vacinas foram para mais de 150 países, e a UE exportou tantas doses quantas distribuiu aos seus cidadãos, acrescentou Von der Leyen em um comunicado.
O bloco começou a exportar vacinas no início da distribuição global, um momento em que outros grandes produtores, como os Estados Unidos, estavam reforçando seus próprios suprimentos e restringindo as exportações.
A maioria das exportações da UE se dirige a economias grandes, como Japão, Turquia e Reino Unido, que tinham contratos com fabricantes de vacina sediados no bloco.
Até o momento, as vendas e doações para nações mais pobres representaram uma proporção pequena do total de exportações, mas o bloco planeja distribuir ao menos 500 milhões de doses aos países mais vulneráveis nos próximos meses, disse a chefe do Executivo da UE.
Metade destas doses seria resultante de um novo contrato que a UE quer firmar com uma fabricante de vacinas de RNA mensageiro (mRNA), disseram autoridades. A outra metade será de doações de países da UE que já compraram vacinas.
O bloco já assinou contratos de suprimentos com as fabricantes de vacinas de mRNA Pfizer-BioNTech para receber um total de até 2,4 bilhões de doses até 2023 e com a Moderna (NASDAQ:MRNA) para receber até 460 milhões de doses.
A UE criou um mecanismo de controle de exportações de vacina no final de janeiro para monitorar a saída de doses do bloco.
Embora o mecanismo permita que a UE barre exportações caso faltem suprimentos domésticos, isto só aconteceu uma vez para impedir o envio de 250 mil vacinas da AstraZeneca (LON:AZN) à Austrália em março, no auge de uma disputa com a empresa anglo-sueca sobre o fornecimento de doses para a UE.