CriptoFácil - O hash rate do Bitcoin saltou de 170 exahash por segundo (EH/s), quando as operações de mineração de Bitcoin do Texas ficaram temporariamente offline em 25 de dezembro, para mais de 300 exahash. O salto ocorreu depois que os mineradores religaram suas máquinas. Porém, o evento revelou um outro fato que, de certa forma, é preocupante para o Bitcoin.
As estatísticas de distribuição de hash rate registradas em 29 de dezembro de 2022 indicam uma concentração de poder de hash. Devido ao evento inesperado causado pela nevasca nos EUA, foi possível identificar que duas grandes entidades de mineração controlam mais de 50% do hash rate global.
Mineração de Bitcoin
Além disso, durante os últimos três dias, dois pools de mineração capturaram mais de 50% do hash rate total da rede. Isso gerou críticas à rede e acusações de centralização.
Os dados confirmam essa concentração. Hoje, dia 30 de dezembro, o pool de mineração Foundry USA controla 31,45% do hash rate total. Enquanto isso, o Antpool comanda 21,87% dos atuais 250,57 EH/s. Assim, somando os dois pools de mineração, há uma concentração de mais de 53,32% do hash rate total do BTC .
O F2pool tem cerca de 14,25% do hash rate e o Viabtc tem cerca de 9,34% do total. Entre os três principais pools, Foundry, Antpool e F2pool têm cerca de 67,57% do total. Ainda, reunindo todos os quatro pools de mineração, incluindo o Viabtc, o percentual salta para 76,91% do hash rate total.
Ou seja, somente 2,46% da rede global estão associados a mineradores desconhecidos. Em tese, se estes dois pools se juntarem, eles têm o poder de realizar um ataque de 51% no Bitcoin e reescrever as transações na rede, até mesmo criando Bitcoin infinitamente.
No entanto, muitos desenvolvedores argumentam que isso só é possível em teoria. Isso porque acredita-se que qualquer tentativa de ataque dessa forma seria detectada no mesmo momento e, com isso, os mineradores redirecionariam seu poder de hash para outros pools