A empresa de consultoria Gartner lançou um relatório sobre o interesse institucional do Bitcoin. E apesar da euforia do mercado, o resultado não foi dos melhores.
Divulgado na terça-feira (16), o relatório entrevistou 77 executivos do mercado financeiro. Cerca de 84% afirmaram que não tinham intenção de adotar a criptomoeda como um ativo corporativo em seus balanços.
Outros 16% dos entrevistados que disseram que tinham intenção de comprar Bitcoin. Porém, a maioria destes respondeu que não tinha pressa em fazer isso.
Cerca de 9% disseram que começariam a comprar Bitcoin em 2024 ou mais tarde. Apenas 5% dos executivos disseram que comprariam Bitcoin em 2021.
Por fim, 1% disseram que iriam adquirir Bitcoin em algum momento de 2022 ou 2023. A pesquisa da Gartner entrevistou desde gestores de fundos até diretores financeiros (CFOs) de grandes empresas.
Volatilidade ainda incomoda grandes executivos
No levantamento, a Gartner também perguntou quais as razões que levavam os investidores a não comprarem Bitcoin. E a grande maioria dos executivos apontou a volatilidade como o grande risco.
“Cerca de 84% dos entrevistados disseram que a volatilidade do Bitcoin representava um risco financeiro. Seria extremamente difícil mitigar o tipo de oscilação de preço visto na criptomoeda no últimos cinco anos”, disse disse Alexander Bant, chefe de pesquisa da prática de finanças da Gartner.
A preocupação com a volatilidade foi maior do que as preocupações com adoção e outros riscos somadas. Os gestores também marcaram preocupações regulatórias (32%) como razões para ficar de fora do Bitcoin.
De acordo com Bant, os executivos entrevistados estão receosos com questões políticas. Eles ainda querem ouvir mais dos reguladores e entender os riscos de investir em Bitcoin.
“Existem muitas questões não resolvidas quando se trata do uso de bitcoin como um ativo corporativo. É improvável que a adoção aumente rapidamente até que tenhamos mais clareza sobre isso”, disse Bant.
Enquanto os gestores buscam entender o Bitcoin, grandes empresas já acumulam reservas da criptomoeda. A MicroStrategy (NASDAQ:MSTR), por exemplo, anunciou nesta semana a emissão de R$ 3 bilhões em dívida para comprar mais Bitcoins.