Instabilidade e golpes são os principais riscos envolvidos com o investimento em Bitcoin. Apesar disso, especialistas estão confiantes de que é possível ganhar com a criptomoeda no Brasil.
Em uma matéria publicada nesta segunda-feira (13) pelo portal de notícias da UOL, diversas lideranças da comunidade de criptomoedas comentaram sobre os principais riscos do Bitcoin e como superá-los para ganhar com o ativo, um dos que mais se valorizaram no mundo em 2019, saltando de US$ 3.729 para US$ 7.300.
Por conta da instabilidade, que segundo consultores de investimentos é o principal risco da criptomoeda, o Bitcoin deve ter um percentual limitado em uma carteira de investimentos. Para o diretor jurídico e de compliance da gestora de recursos Hashdex, Bruno Ramos de Sousa, esse percentual deve estar entre 1% a 5%. Ainda assim, é preciso ter cuidado com os ataques cibernéticos e golpes de falsos investimentos em Bitcoin que prometem lucros extraordinários e enriquecimento rápido.
A professora do Insper e membro-fundadora da Oxford Blockchain Foundation, Tatiana Revoredo, destacou que o risco de golpe é enorme.
“Em grande parte das vezes – para não dizer em 100% dos casos – essas ofertas não passam de iscas para as famosas pirâmides financeiras”, prática proibida no Brasil.
Outra questão relevante apontada pelos especialistas é a falta de uma regulamentação para criptomoedas no Brasil. Os órgãos reguladores ainda estão em processo de discussão no Congresso sobre as regras para criptomoedas no país. Conforme explicou Revoredo, o mercado brasileiro ainda opera de forma não regulamentada, o que demanda ainda mais cautela dos investidores.
“(…) você deve agir com extrema cautela, buscando, por exemplo, corretoras que possuam pelo menos boa reputação, tempo de mercado e transparência”, enfatizou Revoredo.
Há algumas maneiras para investir em criptomoedas: comprando de uma exchange, comprando de outra pessoa ou contratando uma gestão profissional. Mas Revoredo comentou que, se o investidor não entende muito bem o funcionamento da venda de pessoa para pessoa, é aconselhável que ele realize suas primeiras compras em uma exchange que, segundo ela, aproxima compradores de vendedores de modo seguro.
Caso opte por usar uma corretora, é importante checar se é uma exchange confiável e verificar se há reclamações de clientes no Reclame Aqui, por exemplo.
“São coisas simples, mas importantes para garantir a segurança do comprador”, disse o presidente e fundador da Foxbit, João Canhada.