SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa, principal índice de ações da B3, despencava mais de 4 por cento na tarde desta quinta-feira, com a piora de ações de outros mercados emergentes acentuando a queda no pregão doméstico, que já vinha pressionado particularmente por apreensões com o incerto cenário político-eleitoral no país.
Às 13:58, o Ibovespa caía 5,47 por cento, a 71.950 pontos, menor patamar intradia desde 12 de dezembro do ano passado. .
O volume financeiro do pregão somava 9,3 bilhões de reais.
No exterior, o índice MSCI de ações de mercados emergentes ampliava as perdas para 0,4 por cento.
Apreensões com a interferência do governo na economia também pesavam, principalmente após o governo adotar medidas como o tabelamento do frete e congelamento do preço do diesel para encerrar uma greve de caminhoneiros que durou cerca de dez dias e provocou o desabastecimento de vários produtos.
A queda das ações de blue chips respondia pelo principal peso negativo no Ibovespa, com ITAÚ UNIBANCO caindo 5,6 por cento, VALE (SA:VALE3) recuando 3,76 por cento, BRADESCO PN (SA:BBDC4) em baixa de 4,6 por cento e PETROBRAS PN (SA:PETR4) cedendo 6 por cento.
EMBRAER (SA:EMBR3) era a única das 67 ações que compõem o Ibovespa a operar no terreno positivo, com alta de 0,26 por cento.
A piora do sentimento em relação ao Brasil também afetava o mercado de câmbio, com o dólar se aproximando de 3,95 reais, enquanto as taxas dos DIs disparavam, apesar a ação conjunta do Banco Central e do Tesouro Nacional.
(Por Paula Arend Laier)