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PT formaliza candidatura de Haddad; Definidos os candidatos à presidência

Publicado 11.09.2018, 14:27
© Reuters.  Haddad substitui Lula e será o candidato pelo PT

Investing.com - O PT confirmou a substituição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, por Fernando Haddad, como candidato à presidência da República. O ex-presidente havia dado o aval para a troca, colocando fim na tentativa de seguir com o forte nome do petista.

Lula teve sua inscrição rejeitada no final de agosto pelo TSE por não cumprir os requisitos mínimos da Lei da Ficha Limpa, após ser condenado em segunda instância pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro no caso do apartamento do Guarujá. O ex-presidente cumpre pena preso na carceragem da Polícia Federal em Curitiba (PR).

Com a autorização, o PT informou o que há muito tempo já se dava como certo na corrida eleitoral: o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad assume a cabeça da chapa e terá a deputada federal Manuela D'Ávila como candidata à vice-presidente.

O partido tentou esticar a corda ao limite recorrendo ao STF para ganhar mais tempo para realizar a troca, mas o pedido foi negado. A ideia era manter por mais tempo o nome de Lula e, assim, manter a base unida para transferir os votos na reta final da campanha. A troca hoje ocorre no prazo final dado pelo TSE.

O anúncio da troca ocorreu após leitura de carta de Lula informando que Haddad seria o melhor nome para substitui-lo.

A troca encerra o rumor que ganhou força nos últimos dias de que o PT poderia ficar sem chapa própria e focar os recursos nas eleições de parlamentares. Essa estratégia teria potencial de consolidar os votos da esquerda, favorecendo nomes como o do Ciro Gomes.

Fernando Haddad aparece com 9% das intenções de voto em pesquisa realizada pelo Datafolha, contra 4% no último levantamento. Sua a rejeição é de 22%, ficando atrás de Geraldo Alckmin (PSDB) com 24%, Marina Silva (Rede) com 29% e Jair Bolsonaro (PSL) com 43%. Ciro Gomes (PDT) é rejeitado por 20% dos entrevistados.

Nos cenários de segundo turno, Haddad seria derrotado por Alckmin, ficando numericamente na frente apenas de Bolsonaro (39% a 38%). Contra o tucano, o petista seria derrotado por 43% a 29%. Na disputa com Marina, a ex-ministra teria 42% contra 31% de Haddad.

O instituto perguntou ainda sobre o peso do apoio de Lula a um candidato na disputa pela Presidência, o que levaria um em cada três (33%) a votarem com certeza neste nome, e 16% poderiam levar essa indicação em conta e optar por ela. A fatia que não votaria de jeito nenhum em um candidato com o apoio do ex-presidente é de 49%, e 2% não opinaram sobre o assunto. Na pesquisa realizada entre 20 e 21 de agosto, o índice dos que certamente votariam em alguém apoiado pelo petista era de 31%, e 18% poderiam votar.

Com a definição do PT, são 13 os candidatos a presidência: Jair Bolsonaro (PSL), Ciro Gomes (PDT), Marina Silva (Rede), Geraldo Alckmin (PSDB), Fernando Haddad (PT), Álvaro Dias (Podemos), Henrique Meirelles (MDB), João Amoêdo (Novo), Guilherme Boulos (PSOL), Cabo Daciolo (Patriotas), Vera Lúcia (PSTU), JOão Goulart Filho (PPL) e Eymael (DC).

Datafolha

Ontem, o Datafolha mostrou que Jair Bolsonaro segue na liderança da pesquisa estimulada com 24% dos votos. Na sequência, quatro candidatos aparecem empatados na margem de erro: Ciro Gomes com 13%. Marina Silva (11%), Geraldo Alckmin (10%) e Fernando Haddad (9%).

A pesquisa foi contratada pela Folha de S.Paulo e a TV Globo e registrada no TSE com o número BR 02376/2018. A margem de erro é de 2%, com nível de confiança de 95%. O levantamento foi feito integralmente na segunda-feira e capturou o efeito inicial do ataque a Bolsonaro.

Alckmin aposta em crescimento de petista

O candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, reconheceu nesta terça-feira que Fernando Haddad deve crescer nas pesquisas após entrar na disputa e vinculou seus demais adversários na corrida presidencial ao PT.

“Tudo é achômetro, mas é evidente que o candidato do PT deve crescer”, afirmou Alckmin ao ser questionado sobre o que muda com a entrada de Haddad na disputa durante sabatina promovida por Folha de S.Paulo, UOL e SBT nesta terça.

“Esse desequilíbrio todo de contas públicas, 13 milhões de desempregados, não começaram agora. Isso começou lá em 2014, do PT e dos adoradores do Lula”, disse o ex-governador de São Paulo.

Segundo o jornal, Haddad já deve aparecer no horário eleitoral desta noite como candidato à presidência.

Com Reuters.

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