Após os ETFs de criptomoedas fazerem sucesso na B3 (SA:B3SA3), a bolsa de valores brasileira está estudando a possibilidade de lançar negociações futuras de criptomoedas.
Para isso, está aguardando algumas respostas do mercado. O objetivo da B3 é entender qual o melhor modelo de futuros de criptoativos a ser adotado, conforme noticiado pelo Estadão nesta quarta-feira (24).
Futuros de criptomoedas na B3
Caso a B3 realmente lance o produto de investimento, ele poderá ser uma alternativa às negociações à vista nas exchanges de criptomoedas.
Vale destacar que, até hoje, nenhuma bolsa no mundo negocia Bitcoin, Ethereum ou outras criptomoedas no mercado à vista.
Nos Estados Unidos, por exemplo, há uma extensa lista de ETFs de Bitcoin baseados no mercado à vista aguardando autorização da Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) para serem lançados.
Contudo, o regulador estadunidense não parece disposto a fazê-lo. Recentemente, conforme noticiado pelo CriptoFácil, a SEC negou o pedido de ETF de BTC da VanEck. Na ocasião, o regulador alegou preocupação de “fraude e manipulação” no mercado à vista de Bitcoin.
De modo geral, essa é a justificativa usada pelos reguladores para não permitirem ETFs cripto à vista. Além disso, a falta de regulação específica para os criptoativos também é motivo de preocupação.
Por outro lado, a SEC já autorizou o lançamento de ETFs de Bitcoin baseado no mercado de futuros. O primeiro a ser lançado foi o da ProShares, em 19 de outubro deste ano, na Bolsa de Valores de Nova Iorque.
No Brasil, a B3 estuda a possibilidade de seguir os EUA. Entretanto, segundo o Estadão, a bolsa ainda precisa definir se os futuros de ativos digitais seriam negociados contra dólares ou reais.
Como os futuros demandam um índice de referência, para que sejam negociados contra o real, é necessário compor um índice cripto em reais.
Já a opção contra o dólar seria mais fácil. Isso porque os volumes transacionados na moeda dos EUA são representativos.
Sucesso dos ETFs cripto na B3
Atualmente, a bolsa brasileira tem listados cinco ETFs de criptomoedas. Juntos, eles somam um estoque de R$ 3,6 bilhões. Desde abril, quando o primeiro foi lançado, os ETFs cripto cresceram cerca de 270%.
Neste caso, o índice de referência é em dólar, mas a liquidação é feita em reais.
Os investidores em criptomoedas da B3 respondem por 6% do total de R$ 60 bilhões de custódia em ETFs diversos.