O preço do Bitcoin está conseguindo se manter acima de US$ 50 mil, deixando os investidores otimistas sobre o futuro da criptomoeda.
Com o valor atual, foram eliminadas todas as perdas resultantes das notícias negativas vindas da China sobre o banimento dos criptoativos.
Para Ruud Feltkamp, CEO do Cryptohopper, a subida no preço da criptomoeda era uma coisa natural para outubro. Além disso, neste mês, o especialista espera uma nova alta de todos os tempos para o BTC:
“O Bitcoin tem um desempenho historicamente bom em outubro. Isso quase torna o aumento do preço do BTC uma profecia que se auto-realiza. Tenho dito várias vezes desde o verão que espero um novo ATH em outubro”, disse.
Na mesma linha, Alexandre Ludolf, diretor de investimentos da QR Asset, afirmou que o banimento da China não surtiu efeito prolongado sobre o preço do Bitcoin.
Para ele, a queda geral do mercado em setembro está relacionada à queda das bolsas e as notícias regulatórias dos EUA.
“Este foi o 11o° banimento do BTC na China e foi inócuo. Uma coisa que tem que ser banida mais de uma vez, na verdade, não é possível de ser banida. Não é mesmo?”, questionou.
Bitcoin
Além disso, o especialista comentou que as criptomoedas, muitas vezes, sofrem pelo próprio sucesso.
“Em situações de crise como esta, com Evergrande e bolsas em queda, o investidor que quer reduzir risco vai cortar antes sempre onde tem maior liquidez, isto é, cripto. Mas justamente por ser um ativo descorrelacionado, o retorno é muito mais rápido. Vimos um exemplo disso em março de 2020, com o início da pandemia”, disse.
Ao mesmo tempo, ele pontuou que o que pressionou o mercado de criptomoedas ao longo do mês foram as notícias sobre possível regulação de protocolos de DeFi pela SEC, a CVM dos EUA:
“Reduzimos nossas posições em DeFi porque temos receio de que, eventualmente, o martelo global da regulação venha atrás desses ativos. Fizemos isso apesar de gostarmos muito da tecnologia. Achamos que são soluções emergentes, que estão vindo para desbancar as tradicionais”, finalizou o economista.