Um executivo do Bank of America (BofA) Securities, uma divisão de investimento da multinacional estadunidense, afirmou que o Bitcoin e as criptomoedas estão criando novas oportunidades.
De acordo com Candace Browning, chefe de pesquisa global da BofA Securities, o interesse institucional com relação a esse novo ecossistema está crescendo.
Diante disso, o BofA Securities está lançando um departamento de pesquisa de criptomoedas. Conforme informado pela empresa, o novo departamento será chefiado pelo ex-analista de tecnologia Alkesh Shah.
O novo produto, anunciado em julho, terá como objetivo levar informações detalhadas sobre o mercado de criptomoedas para Wall Street.
Segundo a Bloomberg, Browning afirmou que o número de empresas que mencionam criptoativos em seus lucros passou de 17 em 2020 para aproximadamente 147 “no trimestre mais recente”.
“Não se trata mais apenas de Bitcoin. São ativos digitais e estão criando todo um ecossistema de novas empresas, novas oportunidades e novos aplicativos. Isso está crescendo, isso está se popularizando. E não é apenas o Bitcoin”, acrescentou Browning.
BofA e as criptomoedas
O BofA vem se mostrando bastante otimista com o Bitcoin e outros criptoativos. No início deste ano, o banco abriu a negociação de futuros de Bitcoin para clientes selecionados.
Uma fonte com conhecimento do assunto disse que o banco decidiu permitir que alguns clientes acessem o mercado de criptomoedas devido à grande margem necessária para negociar os futuros.
Além disso, a instituição foi uma das poucas ao “apoiar” El Salvador na decisão de adotar o BTC como moeda de curso legal.
Quando o país comunicou sobre a decisão, o BofA publicou um relatório destacando os principais benefícios que o país teria.
No entanto, esse posicionamento amigável aos criptoativos é relativamente recente. Isso porque em março deste ano, o banco criticou o Bitcoin.
Conforme noticiado pelo CriptoFácil, em um relatório intitulado “Bitcoin’s Dirty Little Secrets” a instituição afirmou que não havia boas razões para possuir Bitcoin.
Ademais, escreveram no documento que o criptoativo é “excepcionalmente volátil” e “impraticável” — tanto como mecanismo de pagamentos quanto como forma de investimento.