A adoção do Bitcoin está crescendo entre as empresas privadas e os grandes fundos de investimentos.
De maneira geral, essa é uma excelente notícia para os entusiastas das criptomoedas.
Através da aceitação de grandes empreendedores, o Bitcoin e os demais criptoativos aumentam a sua base de investidores.
Dessa maneira, uma pressão positiva sobre o preço desses ativos é exercida pelo mercado, através do aumento da demanda.
No entanto, entre os órgãos públicos, a história é diferente. Como eles detém o monopólio da emissão do dinheiro fiduciário, há pouco interesse em incentivar as moedas digitais nesse momento.
No cenário internacional, apenas a China está avançada na criação de uma moeda digital. Ao menos, de forma pública.
Agora, um dos diretores-gerais do Banco Central francês acaba de publicar um artigo no qual “detona” o Bitcoin.
“Bitcoin é um mito”
No artigo publicado no site do Banco Central da França, Christian Pfister afirma que o Bitcoin é um “pseudo-dinheiro”.
Além disso, Pfister alega que o Bitcoin não vai guardar valor no futuro.
Na imagem acima, que faz parte de um artigo do economista, ele analisa a volatilidade do Bitcoin e a compara com outros ativos e índices do mercado.
A opinião de Pfister é extremamente importante para o futuro das criptomoedas na França. Isso acontece porque, além de ser um dos diretores-gerais do Banco, Pfister integra o grupo de estudos da instituição sobre uma possível CBDC.
A sigla CBDC significa, numa tradução livre, qualquer moeda digital emitida por um banco central.
Segundo o especialista, o Bitcoin é utilizado primordialmente para duas funções:
- Investimentos meramente especulativos sobre o valor da moeda;
- Meio de pagamentos anônimo, que auxilia a privacidade ao mesmo tempo em que permite o desenvolvimento de atividades ilegais.
No artigo inteiro, que está disponível apenas na língua francesa, Pfister tece diversas outras críticas sobre o Bitcoin.
No geral, Europa tem uma visão positiva sobre as criptomoedas A visão negativa de Christian Pfister sobre o Bitcoin é, de certa forma, surpreendente.
No geral, os países que integram a União Europeia são tidos como locais receptivos à tecnologia blockchain e às criptomoedas.
Assim, desde 2019, há rumores de que a União Europeia está planejando o lançamento da sua própria criptomoeda.
A ação seria uma resposta ao avanço da China no território das criptomoedas. Atualmente, o governo chinês está numa fase avançada de implementação da sua moeda digital.
Outra “ameaça” à soberania do Euro vem do Facebook, que está desenvolvendo a criptomoeda conhecida como Libra.
O que resta é aguardar para ver se a visão de Pfister vai ser capaz de influenciar negativamente a adoção das criptomoedas pela França e pela União Europeia.