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Investing.com -- O Bitcoin opera na tarde desta terça-feira (23) em queda, refletindo um ambiente de maior cautela após a rejeição da resistência em US$ 118 mil na semana passada e a recente onda de liquidações no mercado. Perto das 16h45 (horário de Brasília), a maior criptomoeda do mundo era negociada a US$ 111.667,9, em baixa de 0,42% no dia, segundo dados da Binance. O sentimento predominante é de correção e ajuste técnico, em meio à expectativa por sinais mais claros da política monetária dos Estados Unidos.
No mesmo horário, o Ethereum avançava 0,68%, cotado a US$ 4.162,05, impulsionado pelo maior uso da rede e pelo otimismo em torno de sua adoção institucional. Já a BNB figurava entre as maiores altas do dia, saltando 3,16% para US$ 1.010,20, também de acordo com dados da Binance. Esses movimentos ilustram a divergência entre as principais criptomoedas, com parte do capital rotacionando para ativos alternativos enquanto o Bitcoin permanece pressionado.
O pano de fundo global segue sendo determinante para o rumo dos ativos digitais. O corte de juros pelo Federal Reserve, embora esperado, não foi suficiente para sustentar o rali do Bitcoin, que perdeu força logo após tocar níveis próximos de US$ 118 mil. Além disso, as tensões políticas em Washington, ligadas às negociações para evitar uma paralisação do governo, e a pressão da Casa Branca por cortes mais agressivos de juros aumentam a incerteza e elevam a volatilidade nos mercados de risco.
Entre os investidores, a leitura predominante é de cautela. Apesar do fluxo positivo de fundos institucionais e ETFs na última semana, o volume de negociação no mercado à vista segue mais baixo, refletindo hesitação do varejo e realização de lucros após semanas de valorização. Operadores avaliam zonas de suporte em torno de US$ 111 mil e US$ 110 mil como pontos críticos, enquanto a retomada acima de US$ 114 mil seria vista como sinal de recuperação. Até lá, o mercado tende a seguir em compasso de espera por novos catalisadores.
"Outro dado relevante será divulgado na quinta-feira (25): as vendas de casas novas nos Estados Unidos, consideradas um termômetro importante da economia. Números mais fortes podem reforçar a percepção de resiliência econômica e reduzir o espaço para cortes adicionais de juros, cenário que tende a limitar o apetite por ativos de risco. Já uma leitura mais fraca aumentaria as apostas em estímulos, favorecendo ativos como o Bitcoin", explicou Guilherme Prado, country manager da Bitget no Brasil.
"O Bitcoin permanece consolidado entre suportes de US$ 110.000–US$ 112.000 e resistências de US$ 120.000–US$ 124.500, região próxima ao topo histórico, enquanto o RSI em 44,88 reforça o tom de neutralidade. A volatilidade anualizada em 22,5% e o volume diário de US$ 48,45 bilhões mostram um mercado em compasso de espera, com dominância de 57,56% e variações recentes que indicam lateralização. Analistas destacam que investidores institucionais seguem firmes em suas posições, mas o varejo adota cautela após a correção de -4,1% na semana. No pano de fundo, Jerome Powell sinalizou foco maior em crescimento e emprego, abrindo espaço para um ambiente macro menos restritivo, que pode favorecer ativos de risco caso o BTC consiga romper resistências-chave", analisou o WarrenAI.