A quantidade total de dinheiro que entrou no Bitcoin já supera todo o valor de mercado da criptomoeda em 2017. A avaliação foi realizada por Rafael Schultze-Kraft, cofundador e CTO da Glassnode.
Em seu Twitter, Schultze-Kraft disse que os influxos de dinheiro no Bitcoin alcançaram US$ 70 bilhões (R$ 350 bilhões na cotação atual) em janeiro.
O valor pode parecer “baixo”, mas tem um grande marco. Esse influxo equivale a todo o valor de mercado do Bitcoin em 28 de setembro de 2017. Na época, ele estava em US$ 68 bilhões (R$ 216 bilhões na cotação da época).
Euforia em 2017 virou rotina em 2021
Em 2017, os preços do Bitcoin subiram drasticamente em um espaço de apenas três meses, chegando a quase US$ 20 mil em dezembro. Este recorde só foi superado quase 3 anos depois, em novembro de 2020.
Para a Glassnode, existem algumas diferenças entre a alta de 2017 e a atual. Naquele ano, a valorização foi liderada por pequenos investidores, entusiastas com muita paixão, mas pouco dinheiro.
Agora, os dados do Glassnode indicam o aumento do interesse institucional no Bitcoin. Cada vez mais empresas, fundos e investidores buscam exposição a criptomoeda.
Nos últimos meses, essas instituições injetaram bilhões de dólares no Bitcoin. Muitas delas utilizaram a criptomoeda até como parte de seu caixa, como a MicroStrategy.
Outros investidores enxergam o Bitcoin como uma proteção contra a perda de valor do dólar. É o caso do bilionário Stanley Druckenmiller, que mudou sua posição e comprou Bitcoin com esse objetivo.
No final de 2020, o Bitcoin chegou a uma nova máxima histórica, dessa vez perto dos US$ 42 mil. No Brasil, a criptomoeda chegou a superar os R$ 220 mil. E essa alta foi movida por grandes investidores.
Para muitos analistas, isso deu mais sustentabilidade a esse novo rali de alta. Até mesmo céticos, como o bilionário Ray Dalio, começaram a enxergar valor no Bitcoin como investimento.