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Investing.com -- Na tarde desta segunda-feira (8), o Bitcoin operava em leve alta e consolidava-se acima dos US$ 112 mil, em meio a expectativas sobre os próximos indicadores econômicos dos Estados Unidos. O movimento ocorre após semanas de volatilidade, marcadas por oscilações entre pressões de venda de grandes carteiras e compras bilionárias de companhias listadas em bolsa. O ambiente macro segue dividido entre sinais de enfraquecimento do mercado de trabalho norte-americano e a expectativa de que o Federal Reserve sinalize cortes de juros na próxima reunião, cenário que tem guiado o humor dos investidores de risco.
Por volta das 16h45 (horário de Brasília), o Bitcoin era negociado a US$ 112.114,60, em alta de 0,78% no dia, segundo dados da Binance. O Ethereum, segunda maior criptomoeda em valor de mercado, mostrava estabilidade, cotado a US$ 4.293,68, com leve avanço de 0,01% no mesmo período. Ambos os ativos operam em um intervalo estreito, refletindo cautela antes da divulgação de novos indicadores econômicos e de possíveis movimentos regulatórios.
O noticiário corporativo tem desempenhado papel importante no suporte aos preços. A MicroStrategy (NASDAQ:MSTR), liderada por Michael Saylor, ampliou suas reservas para mais de 638 mil BTC após uma nova aquisição de quase US$ 220 milhões, enquanto a japonesa Metaplanet (TYO:3350) também reforçou sua posição com compras adicionais. Ao mesmo tempo, fluxos de ETFs de Bitcoin voltaram a registrar entradas líquidas na última semana, mostrando que a demanda institucional persiste mesmo diante de vendas por grandes investidores individuais. Esses movimentos reforçam a leitura de que, apesar da correção recente, há uma acumulação consistente por parte de players de longo prazo.
Entre os investidores de varejo e institucionais menores, o clima ainda é de cautela. O volume de negociação segue abaixo da média, indicando espera por catalisadores mais fortes, como a divulgação do CPI dos EUA e o posicionamento do Fed. Analistas destacam que o Bitcoin precisa romper a faixa de US$ 114 mil-116 mil para recuperar a confiança e abrir espaço para novas máximas, enquanto uma perda de suporte abaixo de US$ 110 mil pode reacender pressões vendedoras. Até lá, o mercado deve permanecer lateralizado, com altcoins reagindo de forma mista à rotação de capital.
"A redução da oferta disponível não só consolida o ativo como reserva de valor, mas também aumenta o potencial de movimentos acentuados diante da continuidade da demanda. Nas próximas semanas, a expectativa é que o Bitcoin se estabilize e retome a tendência de alta, com um alvo entre US$ 105.000 e US$ 118.000, sustentado por fluxos institucionais constantes e sinais técnicos positivos, como o MACD", explicou Guilherme Prado, country manager da Bitget no Brasil.
"O Bitcoin já acumula 18,3% em 2025, mas a recuperação acontece em um ambiente de liquidez reduzida (US$ 39,24 bilhões em 24h) e volatilidade controlada em 27,7%. O RSI em 48,86 reforça a neutralidade do mercado, sem sinais claros de sobrecompra ou sobrevenda, o que limita movimentos mais bruscos no curto prazo. No campo técnico, o suporte imediato está entre US$ 110.000 e US$ 112.000, enquanto resistências importantes aparecem em US$ 114.000, US$ 118.000 e na máxima recente de US$ 124.446. Já no cenário macro, incertezas com juros nos EUA, payroll e regulações seguem no radar, com investidores institucionais mais cautelosos e estratégias voltadas à proteção e saídas graduais", analisou o WarrenAI.
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