Durante sua participação em uma live promovida pela holding brasileira QR Capital nesta terça-feira (5), o Secretário de Política Econômica do governo federal, Adolfo Sachsida, destacou que a tecnologia blockchain é “uma revolução”. Na ocasião, o braço direito do ministro da Economia Paulo Guedes debateu as expectativas para o cenário econômico pós-pandemia do coronavírus.
Na transmissão, Sachsida ainda comentou sobre o potencial que a tecnologia blockchain tem para desburocratizar o mercado e também questionou a velha cultura cartorial brasileira:
“Blockchain é uma revolução. Como vai ficar a realidade dos cartórios com a blockchain? Usar essa tecnologia é bem mais eficiente e barato. Essa crise vai nos machucar. Teremos que rever uma série de conceitos. Convido a sociedade para discutir sobre isso, é uma discussão necessária”, ressaltou o secretário.
A conversa contou com a participação de Theodoro Fleury, gestor da QR Asset Management, gestora controlada pela holding QR Capital, e de Felippe Hermes, editor do BlockTrends, canal de análises e tendências do mesmo grupo.
“Padrão-ouro” Sachsida também defendeu, durante a live, as teorias da Escola Austríaca, que sustentava o “padrão-ouro”. A escola sugeria que seria mais coerente adotar uma commodity escassa e independente de estados, como o ouro, para ser moeda-base da economia, argumento que é bastante usado pelos entusiastas do Bitcoin.
Um dos austríacos citados por Sachsida foi Friedrich Hayek, nobel da Economia em 1974, que defendia a moeda privada. Segundo ele, isso geraria uma competição saudável, resultando em maior estabilidade em poder de compra e maior dificuldade de falsificação dessas moedas. O único entrave para esse sistema seria a confiabilidade no emissor, o que seria resolvido com a blockchain.
Perspectiva econômica
No que diz respeito à perspectiva econômica, Sachsida destacou que é importante confrontar a dura realidade.
“Ou faremos reformas pró-mercado ou continuaremos um país de renda média. Se queremos ir para o caminho da prosperidade, pagaremos um custo, o custo das reformas – encerrou o secretário.