Nesta quarta-feira (3), o navegador Brave anunciou a aquisição do Tailcat, ferramenta de busca focada em privacidade.
Segundo os executivos do navegador, a implementação do Tailcat é promover a inserção do Brave Search no mercado.
O novo produto do software será um concorrente direto do Google Chrome (NASDAQ:GOOGL) (SA:GOGL34) e da sua ferramenta de pesquisa, que atualmente vendem dados de usuários para anunciantes.
Privacidade e navegação livre
A promessa do Brave é ser até 3 vezes mais rápido que o Chrome e consumir 35% menos de bateria. Para tanto, aplicará o Tailcat, que não registrar endereços de IP e dados pessoais nas buscas.
O CEO e cofundador do navegador, Brendan Eich, mostrou-se otimista com o projeto. Em uma entrevista ao Cointelegraph, ele falou sobre a segurança da integração.
Além disso, Eich falou sobre o trabalho de longa data dos desenvolvedores do Tailcat, no mercado há sete anos.
Josep M. Pujol, chefe do projeto Tailcat, também se pronunciou sobre a integração. Para o desenvolvedor:
“As pessoas não devem ser forçadas a escolher entre privacidade e qualidade.”
Enquanto o Brave Search aguarda o seu lançamento, o navegador viabiliza pesquisas com mecanismos de terceiros — que também se preocupam com a privacidade dos usuários.
De olho no mercado de criptomoedas
De acordo com a equipe do Brave, quase todos os mecanismos de pesquisa são construídos ou dependem dos resultados das grandes empresas de tecnologia. Isso impacta diretamente na quantidade de anúncios nas páginas.
Na contramão dos grandes concorrentes, o Brave explora a tecnologia blockchain para promover uma experiência de troca. Desta forma, a privacidade é recompensada com um token do próprio navegador.
O Brave Ads, recurso disponível desde 2019, permite que os usuários visualizem anúncios publicitários em troca de Basic Attention Tokens (BAT), token padrão ERC20.
No momento da escrita desta matéria, o BAT estava cotado a R$ 4,60, com uma valorização de 33,94% nas últimas 24 horas.
O investimento em desenvolvimento proporcionou ao Brave um crescimento considerável. Apenas em 2020, o navegador observou um crescimento de 127% em sua base de usuários — de 11 milhões para 25 milhões.