O tempo costuma ser medido de forma muito diferente no mercado de criptomoedas. De fato, um período curto como três meses, por exemplo, pode representar a diferença entre o avanço e ostracismo para uma criptomoeda.
Nesse sentido, o último trimestre foi extremamente positivo para diversas criptomoedas. Aquelas ligadas ao Metaverso, como Decentraland (MANA) e The Sandbox (SAND) registraram lucros de até três dígitos. Por outro lado, redes lançadas há menos de um ano, como a Elrond (EGLD) já lançaramAté exchanges descentralizadas (DEX).
Enquanto algumas criptomoedas prosperam, outras que antes eram promissoras começam a perder espaço. Aqui parece ser o caso da Cardano (ADA), que após um começo de ano avassalador, viu seu preço perder força e cair 50% em três meses.
CONFIRA: Cotações das criptomoedas
De alta infinita a cenário preocupante Em termos de médio prazo, o desempenho da ADA continua bastante satisfatório. De acordo com o CoinMarketCap, a criptomoeda abriu 1 de janeiro de 2021 cotada a meros US$ 0,16. Mas em 9 de setembro, data em que rompeu sua máxima, a ADA chegou a valer US$ 3,07.
Ou seja, o preço da criptomoeda disparou mais de 1.800% em apenas nove meses. Neste período, a Cardano viu sua rede receber atualizações importantes, que prometiam torná-la uma concorrente do Ethereum e da Binance Smart Chain (BSC). Foi o caso do hard fork Alonzo, implementado em 14 de setembro.
Criada em 2017, a Cardano demorou pelo menos quatro anos para receber essas atualizações. Com a chegada delas, o mercado dava a entender que a ADA continuaria sua tendência de alta. No entanto, o cenário se inverteu no curto prazo.
Desde a implementação do hard fork, o preço da ADA caminhou ladeira abaixo e registra uma desvalorização de quase 50%. No momento da escrita deste texto, a ADA opera em queda de 9,24%, valendo US$ 1,62.
No mesmo período, outras redes com foco em finanças descentralizadas (DeFi) tiveram desempenho muito superior. A Elrond (EGLD), por exemplo, acumula valorização de quase 350% nos últimos 30 dias. O preço da criptomoeda saiu de US$ 135 para a máxima de US$ 526 neste período.
Enquanto a Cardano lançou sua DEX (Sundaswap), a Elrond lançou a Maiar na segunda-feira (22).
E agora?
De fato, o cenário para a Cardano não é positivo no curto prazo. A ADA foi tema de análise de Felipe Escudero durante sua live no canal BitNada. Escudero mostrou que conforme o padrão gráfico, a ADA está num canal de baixa cujo fundo pode levar seu preço para a região dos US$ 1,42.
No entanto, Escudero, que possui ADA em seu portfólio, mostrou otimismo com a criptomoeda no longo prazo. Ele acredita que conforme a Cardano pegue tração nas DeFi e comece a ganhar projetos, o preço pode voltar a subir.
“Os contratos saíram, mas as DeFi ainda não estão rodando. Talvez com as DeFi rodando, com mais confiança na rede, a ADA talvez volte a subir. O mercado é cíclico, e o preço já estava bastante esticado quando a ADA bateu a máxima”.
Um desses projetos vindouros na ADA é o ADALend, protocolo de empréstimos descentralizado que será nativo da Cardano. O ADALend promete revolucionar o mercado de empréstimos aproveitando as taxas mais baixas e maior velocidade da rede em comparação com o Ethereum e seus concorrentes.
O que resta saber é se a ADA conseguirá dar impulso a esses projetos para, finalmente, voltar a entregar bons retornos para quem apostou nela como principal criptomoeda do ano.