Um empresário suspeito de liderar uma pirâmide financeira que deu um calote de pelo menos R$ 16 milhões em São Paulo foi alvo de uma operação da Polícia Civil na terça-feira (6).
Foram cumpridos mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao investigado Samuel Fradique de Oliveira.
Embora não tenha sido encontrado, o suspeito não é considerado foragido.
Suspeito prometia retornos de 7% ao mês
Conforme noticiou o G1, a Polícia Civil cumpriu os mandados em Lorena, Taubaté e São Paulo.
Segundo as investigações, os locais eram registrados como escritório ou setores da SFO Holding, suspeita de pirâmide.
O grupo supostamente atuava através de lojas de cosméticos, postos de combustíveis e uma construtora.
Na operação, a Polícia apreendeu eletrônicos e documentos, incluindo uma lista dos investidores do grupo.
De acordo com o que já foi apurado, Samuel de Oliveira prometia um retorno de até 7% ao mês sobre o valor investido nas empresas ligadas à SFO. O suspeito também garantia a devolução do valor aportado ao fim do contrato.
Ainda segundo o G1, em abril deste ano o empresário parou de fazer os pagamentos e desapareceu. Ele alegou que o grupo foi afetado pela pandemia de Covid-19.
O G1 disse ter tentado contato com a defesa do empresário, mas não obteve retorno até a publicação da matéria na quarta-feira (7).
Calote de pelo menos R$ 16 milhões
O prejuízo deixado por Samuel de Oliveira e pelo grupo SFO ultrapassa os R$ 16 milhões, conforme levantou o G1.
Além disso, já foram abertos mais de 120 ações contra o grupo SFO Holding na Justiça. Os valores cobrados variam de R$ 5 mil a R$ 2 milhões.
O delegado responsável pelo caso, Francisco Sanini, disse que tanto Samuel quanto outros integrantes da SFO são investigados por lavagem de dinheiro e prática de pirâmide financeira.
“Ele criava um sistema que prometia retornos expressivos, que nos dão fortes indícios de que se tratava de uma pirâmide financeira. Acompanhamos o caso desde abril do ano passado e já havíamos pedido a prisão dele antes, mas não conseguimos. Com as provas coletadas esperamos reforçar à justiça nossa suspeita. O esquema mantido por ele faliu uma cidade inteira”, comentou.
Agora, a polícia vai analisar os itens apreendidos para identificar o número de vítimas bem como o calote deixado pelo investigado.