A exchange de criptomoedas Coinbase (NASDAQ:COIN) (BVMF:C2OI34) quer uma parceria com o MakerDao. A empresa apresentou um plano para impedir que o Maker mude, pelo menos por enquanto, o apoio de sua stablecoin DAI.
A proposta da Coinbase é que o Maker DAO não venda toda a sua reserva em USD Coin (USDC). E, para a Maker manter a reserva, a Coinbase vai oferecer um retorno anual em troca de um depósito milionário de USDC da Maker.
Especificamente, a Coinbase fornecerá um retorno anual de 1,5% ao Maker se o protocolo investir 1,6 bilhão de USDC. Isso significaria um lucro de US$ 24 milhões por ano para a Maker. Além disso, não implicaria em custos para a transferência da custódia dos fundos.
No entanto, a proposta da Coinbase exigiria uma grande mudança na gestão de fundos da MakerDAO. Ao mesmo tempo, implicaria a participação de uma entidade centralizada, caminho oposto ao que o DAO busca trilhar.
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Coinbase quer controlar as reservas do DAI
A proposta da Coinbase surgiu depois que Rune Christensen, fundador da Maker, escreveu sobre a possibilidade de a DAI trocar suas reservas em USDC. Hoje, estas reservas equivalem a 52% da colateralização total de DAI.
Contudo, a execução do plano de Christensen pode resultar na perda de paridade da stablecoin com o dólar. Destaca-se que foi mais ou menos isso que ocorreu com o UST da Luna. Porém, no caso da DAI, um ‘depeg’ seria algo programado.
A proposta de Christensen visa manter a descentralização como princípio fundamental na DAI. A proposta dele surgiu depois que o emissor de stablecoin USDC, a Circle, congelou endereços que haviam sido usados pelo misturador de transações Tornado Cash.
Na plataforma de governança MakerDAO, é detalhado que a proposta da Coinbase responde à Proposta de Melhoria do Maker (MIP) 13c3-SP12. Nele, é declarada a intenção do Maker de investir as garantias em stablecoins DAI para gerar lucros com elas.
Por um lado, há quem acredite que a Maker deveria aceitar a oferta da Coinbase. Entre eles está o próprio Rune Christensen, que afirma que a ideia não prejudica seu plano de ‘acabar’ com as reservas no USDC até 2026.