Coinbase (NASDAQ:COIN) quer contribuir para a regulação dos criptoativos nos Estados Unidos. Para isso, planeja apresentar, no próximo mês, um projeto de estrutura regulatória para o setor aos legisladores federais.
Foi o que revelou o CEO da empresa, Brian Armstrong, em entrevista ao editor-chefe do TechCrunch, Matthew Panzarino, na terça-feira (21), no TechCrunch Disrupt 2021.
Segundo Armstrong o objetivo é tornar a plataforma de moedas digitais, uma das maiores do mundo, em uma espécie de conselheira sobre o assunto:
“Coinbase quer ser um conselheiro e um útil defensor para os EUA poderem criar uma regulamentação sensata. Na verdade, há uma proposta que nós estaremos apresentando no fim deste mês, ou talvez no início do próximo mês. Esta será a nossa proposta de estrutura de regulação”, disse ele.
Regulação de criptomoedas
Conforme noticiado pelo TechCrunch, geralmente, os reguladores buscam feedback do setor ao formar novas regras.
Isso é especialmente característico de setores onde o ritmo dos avanços tecnológicos é mais rápido do que o desenvolvimento de novas regulamentações e a alteração das existentes.
De acordo com Armstrong, o ideal era haver estrutura federal abrangente que aliviasse o fardo de lidar com regras e agências independentes de cada estado.
No entanto, ele tem consciência de que qualquer proposta apresentada será apenas uma peça de um quebra-cabeça maior.
Afinal, esse ecossistema incluirá contribuições de outras entidades da indústria que trabalham com criptomoedas. Além disso, os regulamentos relacionados também fornecerão orientações.
“Nós temos uma proposta que nós realmente queremos apresentar, que pode ajudar talvez a criar pelo menos uma ideia sobre como nos mover para a frente”, disse ele
SEC x Coinbase
A novidade surge poucos dias depois de a Coinbase sofrer ameaças da Comissão de Valores Mobiliários dos EUA, a SEC.
A exchange planejava lançar um serviço chamado Lend que ia oferecer juros em criptomoedas estáveis, as stablecoins.
Contudo, a empresa desistiu do projeto após o regulador afirmar que o produto se configuraria como um investimento. Logo, entraria na categoria de oferta de valores mobiliários, algo que a Coinbase não é autorizada a oferecer.