A correlação do Bitcoin com o índice de ações S&P 500 diminuiu significativamente. Isso sugere que, ao contrário do que ocorreu no início da crise atual, as duas classes de ativos não se movem mais na mesma direção.
No final de abril, esta correlação já vinha perdendo força. O retorno acumulado do Bitcoin desde 20 de fevereiro alcançou -13,85% naquele mês, comparado aos -14,01% do S&P 500. Isso deu os primeiros sinais de descolamento entre ambos.
A correlação atual entre as duas classes de ativos é de 0,15, valor praticamente quase insignificante. A título de comparação, em 16 de abril a correlação foi de 0,53, valor considerado positivo. Desde então, a queda tem sido constante.
Correlação zero está próxima
Com efeito, uma correlação quase zero entre os dois ativos parece estar próxima. Conforme isso acontecer, será um indicativo de que não há relacionamento entre eles ou que eles não se movem na mesma direção.
A correlação é expressa como um número entre +1 e -1. Uma correlação +1 indica uma correlação positiva absoluta entre dois ativos, o que significa que eles sempre se movem juntos na mesma direção. Em contrapartida, -1 indica uma correlação negativa, o que significa que dois ativos se movem em direções opostas um do outro.
Ter dois ativos pouco correlacionados ou não correlacionados em um portfólio ajuda a diminuir a volatilidade geral.
Bitcoin superou ações em todos os aspectos
Além de superar a valorização do S&P 500, o Bitcoin tem ganhado a preferência dos investidores. No Brasil, o criptoativo chegou a ser mais rentável do que as principais ações de empresas nacionais, como Petrobras (SA:PETR3) e Vale (SA:VALE3).
À medida que o halving se aproximava, a valorização do Bitcoin inegavelmente varreu todos as perdas de março. Nos últimos 12 meses, o criptoativo superou a rentabilidade não apenas do S&P 500, como também do ouro.
Enquanto isso, bancos centrais tem acionado cada vez mais estímulos para combater a pandemia de Covid-19. Tais medidas têm impulsionado o valor do Bitcoin quando anunciadas.