O bitcoin rondava a estabilidade após ter renovado o recorde, com a maior criptomoeda do mundo ultrapassando US$ 108.000 mais cedo nesta terça-feira, 17. Um impeditivo para o rumo de alta voltou a vir da cautela que antecede a decisão do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) na quarta-feira. Mas além de seguir beneficiada pela perspectiva de um ambiente favorável com Donald Trump, analistas atribuíam a dinâmica da criptomoeda a uma mudança em regras contábeis que representaria um passo relevante para legitimar o bitcoin como ativo corporativo.
Segundo a Binance, o bitcoin subia 0,09%, a US$ 106.400, nas últimas 24 horas até 16h46 (de Brasília). O preço da maior criptomoeda do mundo atingiu a máxima histórica de US$ 108.353 na mesma plataforma. O Ethereum cedia 2,96%, a US$ 3.940,44 no mesmo intervalo e na mesma plataforma.
"Temos uma nova administração compatível com criptografia e Bitcoin, com discussões em andamento para uma reserva em bitcoin dos EUA, e também regras do FASB Financial Accounting Standards Board que agora permitem que as empresas mantenham Bitcoin em seus balanços sem penalidade", disse James Lavish, sócio-gerente do Bitcoin Opportunity Fund, observou. "Isso legitima ainda mais o Bitcoin como um ativo corporativo."
De acordo com os padrões contábeis implementados pelo FASB, as entidades devem mensurar ativos criptográficos a valor justo a cada período de relatório. A nova regra começou a valer em 15 de dezembro. As alterações também exigem que uma entidade forneça divulgações sobre participações significativas, restrições contratuais de venda e alterações durante o período de relatório.
"A passagem de US$ 100 mil do Bitcoin neste momento está 100% ligada à força das políticas e ao gabinete pró-cripto e às nomeações de liderança decorrentes da vitória do presidente Trump", disse Eric Schiffer, da Patriarch Organization, uma empresa de capital de risco. O Bitcoin subiu quase 60% desde a eleição.
*Com informações da Dow Jones Newswires