Os ETFs de criptomoedas lançados no Brasil em 2021 lideram as valorizações do ano, de acordo com levantamento divulgado pelo portalEconomatica na segunda-feira (30).
Nada menos que quatro ETFs desse mercado estão na lista.
Quem lidera a lista é o QR Bitcoin (QBTC11), lançado pela QR Asset Management. Este foi o primeiro ETF 100% Bitcoin (BTC) da América Latina, lançado no dia 22 de junho. O fundo registrou valorização de 108% desde o lançamento.
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Em seguida, vem o QETH11, também da QR Asset e ETF 100% lastreado em Ether (ETH). O fundo, lançado em 4 de agosto, acumula rentabilidade de 76,12% desde então.
Na sequência vem os ETFs da Hashdex, ETHE11 e BITH11, que investem em ETH e BTC, respectivamente. De acordo com o Economatica, os dois fundos obtiveram rentabilidade de 59,03% e 58,72%.
Gestora comemora números Esse recorte é significativo tendo em vista a quantidade de ETFs que foram lançados em 2021. Segundo o estudo, em março de 2021, existiam 75 ETFs listados na B3 (SA:B3SA3), sendo 36 brasileiros e 39 internacionais. Agora, no 4º trimestre de 2021 (até 25/11), já são 148 ETFs listados na B3, sendo 61 brasileiros e 87 estrangeiros.
Ou seja, os ETFs de criptomoedas conseguiram prosperar mesmo enfrentando grande concorrência. A grande diferença é que as criptomoedas são uma classe nova de ativos dentro da bolsa.
Por outro lado, a valorização de criptomoedas como BTC e ETH serviu de “propaganda” para os novos ETFs. Segundo Alexandre Ludolf, diretor de investimentos da QR Asset, os ETFs facilitaram a compra de criptomoedas para os novatos do mercado.
“A boa performance dos ativos no ano se deve ao florescimento dessa classe de ativo, com entrada de diversos perfis de usuários e investidores. De maneira geral, foi revolucionário para o mercado ter produtos regulados, altamente líquidos e de fácil acesso. Hoje em dia, qualquer cidadão com acesso a um home broker pode se expor a essa classe de ativos por menos de R$ 100”.
Ao contrário dos ETFs aprovados nos Estados Unidos, os brasileiros compram diretamente as criptomoedas. O QBTC11 possui 826,26 BTC sob custódia, ou cerca de R$ 271,9 milhões, enquanto o QETH11 possui 8.645 ETH (R$ 230,1 milhões).
Na prática, investir num desses fundos é como adquirir ambas as criptomoedas de forma indireta. Logo, trata-se de uma exposição mais prática para os novatos do mercado. Num ano onde o BTC se valorizou mais de 110%, os fundos alcançaram um excelente timing e sucesso.