E finalmente veio ao ar a maior atualização do Ethereum em anos. Nesta terça-feira (1º), o Ethereum 2.0 (ETH 2.0) finalmente foi lançado.
O lançamento da Beacon Chain, principal rede desta fase, ocorreu as 9h (horário de Brasília). Ocorreram mais de 21 mil depósitos de ETH neste bloco.
Segundo a ConsenSys, empresa que provê estrutura para o Ethereum, os participantes do ETH 2.0 agora ajudam a “armazenar e gerenciar o registro de validadores.”
Por sua vez, os validadores serão os futuros substitutos dos mineradores. Eles são os responsáveis por registrar e validar as transações na blockchain.
Principais mudanças
A nova rede estreou com números bastante expressivos. A ETH 2.0 conta com mais de 21 mil validadores, justamente os que votaram na aprovação do bloco-gênese.
Outro número expressivo foi na mineração via prova de participação (PoS, na sigla em inglês). Esta foi a principal mudança da rede, que agora conta com cerca de 674 mil ETH alocados.
Em termos de moedas fiduciárias, isso equivale a US$ 387 milhões, ou cerca de R$ 2,1 bilhões, na cotação atual de cada moeda.
O valor é 130 ml ETH superior ao que foi arrecadado antes da ativação da rede. Vale ressaltar que a ETH 2.0 só foi ativada na última hora, pois corria o risco de ser adiada por falta de engajamento.
No entanto, o contrato de lançamento já conta com 883 mil ETH armazenados.
Em média, cada usuário aplicou 32 ETH na mineração PoS, ou cerca de R$ 98 mil na cotação atual. O valor é justamente o mínimo requerido para se tornar um validador da rede.
Primeira fase de um longo processo
O lançamento desta terça-feira é o primeiro passo de anos de pesquisas e do impulso mais recente estimulado pela ansiedade dos investidores.
No entanto, este é apenas o primeiro passo. A nova rede será a espinha dorsal de uma nova blockchain Ethereum, que será lançada nos próximos anos.
O ETH 2.0 tem pelo menos mais dois obstáculos técnicos para atingir sua linha do tempo em constante movimento.
O primeiro deles é quebrar dinamicamente o blockchain PoS em vários conjuntos de dados chamados “shards.”
O segundo é a adoção do Rollups, uma solução de rendimento para aplicativos descentralizados (dApps, na sigla em inglês). Se implementada, ela poderá dar um novo passo para as finanças descentralizadas (DeFi).