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EUA pediram acesso a conversas de presidente da Binance em investigação de lavagem de dinheiro

Publicado 01.09.2022, 12:59
Atualizado 01.09.2022, 13:51
© Reuters

Por Angus Berwick e Tom Wilson

LONDRES (Reuters) - Os promotores federais dos Estados Unidos pediram à Binance, a maior exchange de criptomoedas do mundo, acesso a extensos registros internos sobre controle contra lavagem de dinheiro, além de comunicações envolvendo o presidente-executivo e fundador da empresa, Changpeng Zhao, de acordo com um documento do final de 2020 visto pela Reuters.

A seção de lavagem de dinheiro do Departamento de Justiça dos EUA pediu à Binance que entregasse voluntariamente mensagens de Zhao e 12 outros executivos e sócios sobre assuntos como a detecção pela exchange de transações ilegais e o recrutamento de clientes do país.

O órgão também buscou quaisquer registros da empresa com instruções para que "documentos sejam destruídos, alterados ou removidos dos arquivos da Binance" ou "transferidos dos EUA".

A solicitação de dezembro de 2020, que não foi havia sido revelada anteriormente, fez parte de uma investigação ainda em andamento do Departamento de Justiça sobre a conformidade da Binance com as leis de crimes, disseram quatro pessoas familiarizadas com o inquérito.

As autoridades norte-americanas, disseram as pessoas, estão investigando se a Binance violou a Lei de Sigilo Bancário. O texto exige que as exchanges de criptomoedas tenham registro junto ao Departamento do Tesouro e cumpram os requisitos antilavagem de dinheiro caso realizem negócios "substanciais" nos EUA. A previsão legal é de penas de prisão de até 10 anos.

A Reuters não conseguiu estabelecer como Binance e Zhao, uma das figuras mais proeminentes do setor de criptomoedas, responderam ao pedido da divisão criminal do departamento.

Em resposta às perguntas da Reuters sobre a carta e a investigação, o diretor de comunicações da Binance, Patrick Hillmann, disse: "Os reguladores em todo o mundo estão entrando em contato com todas as principais exchanges de criptomoedas para entender melhor nosso setor. Este é um processo padrão para qualquer organização regulamentada e nós trabalhamos com agências regularmente para resolver quaisquer dúvidas que possam ter."

A Binance tem "uma equipe global de segurança e compliance líder no setor" com mais de 500 funcionários, incluindo ex-reguladores e agentes da lei, acrescentou Hillmann.

Ele não disse como a Binance respondeu ao pedido do Departamento de Justiça. Um porta-voz do departamento não comentou o caso.

A existência das investigação foi revelada no ano passado pela Bloomberg, mas até agora pouco se sabe sobre o assunto. Uma porta-voz da Binance disse à Bloomberg na época: "Levamos nossas obrigações legais muito a sério e nos envolvemos com reguladores e autoridades de forma colaborativa".

No pedido, o departamento fez 29 solicitações separadas de documentos produzidos desde 2017, abrangendo a gestão da empresa, estrutura, finanças, combate à lavagem de dinheiro e compliance com sanções e negócios nos EUA.

INVESTIGAÇÃO DOS EUA

A carta de 2020 do Departamento de Justiça foi endereçada à Binance Holdings, uma empresa com sede nas Ilhas Cayman, e a Roberto Gonzalez, advogado do escritório de advocacia Paul, Weiss, em Washington. A Binance Holdings é dona da marca registrada Binance e, de acordo com arquivos regulatórios, é de propriedade de Zhao. Gonzalez e Paul, Weiss não responderam aos pedidos de comentário.

Na solicitação, o Departamento de Justiça pediu por todos os documentos que identificavam os funcionários da Binance responsáveis ​​pelo cumprimento da Lei de Sigilo Bancário, detalhes de das políticas da empresa de combate ao financiamento ilegal e relatórios de atividades financeiras suspeitas apresentados às autoridades.

© Reuters. Changpeng Zhao, fundador e CEO da Binance, participa da conferência Viva Technology dedicada à inovação e startups no centro de exposições Porte de Versailles em Paris, França
16/06/2022
REUTERS/Benoit Tessier

A Binance foi solicitada a fornecer informações sobre quaisquer transações entre a exchange e os usuários envolvidos em mercados de ransomware, terrorismo e darknet, juntamente com aqueles visados ​​pelas sanções dos EUA.

O departamento também solicitou documentos relacionados ao "racional" da criação da Binance.US, pedindo comunicações que envolvem os 13 executivos e sócios --incluindo Zhao, o cofundador Yi He e o diretor de compliance, Samuel Lim-- sobre o "a criação da Binance.US e seu relacionamento com a Binance". Lim e e He ainda estão na Binance.

A Binance.US não respondeu às perguntas da Reuters.

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