Arthur Hayes, ex-CEO da exchange BitMEX e procurado pelo governo dos Estados Unidos, pode se entregar à justiça.
Hayes é um dos réus do processo movido pela Comissão de Negociação de Contratos Futuros de Commodities dos Estados Unidos (CFTC, na sigla em inglês) contra a exchange.
Conforme noticiou o CriptoFácil, em outubro de 2020, a BitMEX foi acusada de violar as Lei de Sigilo dos EUA. Agora, de acordo com um processo judicial, Hayes propôs se render às autoridades do Havaí no dia 6 de abril.
Segundo uma matéria da Bloomberg, publicada na quarta-feira (3), atualmente Hayes está em Cingapura. No entanto, está disposto a se render no Havaí e comparecer remotamente a um tribunal de Nova York.
A advogada assistente dos EUA em Manhattan, Jessica Greenwood, disse que se discute um acordo que permitiria ao executivo viver no exterior e viajar aos EUA para comparecer ao tribunal.
Assim, caso haja um julgamento nesse sentido, a advogada afirmou que Hayes irá para Nova York.
Entenda o caso BitMEX
A BitMEX foi atingida por duas ações judiciais em 1º de outubro do ano passado. Os casos foram lançados pela CFTC e pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DoJ, na sigla em inglês).
A CFTC acusou a BitMEX e seus operadores de administrar uma plataforma de negociação não registrada. Além disso, acusou-os de violar os regulamentos de combate à lavagem de dinheiro e identificação de cliente (KYC).
Já o DoJ entrou com uma ação criminal contra Hayes, Ben Delo, Samuel Reed e Greg Dwyer por violar a Lei de Sigilo Bancário. Todos deixaram ou foram afastados de seus cargos após as acusações.
Ainda em 2020, Reed foi preso em Massachusetts enquanto Hayes, Deki e Dwyer se tornaram foragidos.
No entanto, de acordo com Pavel Pogodin, procurador que representa os demandantes, Ben Delo é outro que pretende se render em NY antes do final de março.
Por outro lado, Greg Dwyer recusou-se a se render e os EUA já iniciaram um processo de extradição para ele das Bermudas.