A iminente aprovação de três ETFs de Bitcoin (BTC) fizeram os contratos futuros da criptomoeda atingirem máximas históricas. Essa é a conclusão dos dados avaliados nos sites Bybt e Glassnode nesta segunda-feira (18).
O nível de exposição aos contratos é avaliado por meio do interesse aberto (OI, na sigla em inglês), que mostra as posições de contratos futuros. Nesse sentido, as ferramentas analisaram os futuros da Chicago Mercantile Exchange (CME), que são regulamentados nos Estados Unidos.
De acordo com a Bybt, o valor total dessa posição atingiu US$ 3,64 bilhões, mais do que o dobro do valor mensal. O volume atual supera os US$ 3,26 bilhões de recorde anterior registrados durante o mercado de alta em fevereiro.
Coincidentemente, o BTC está novamente próximo de sua máxima histórica. No recorde anterior, a criptomoeda levou menos de dois meses para atingir os US$ 64 mil.
Contratos revelam interesse institucional
Os contratos futuros de BTC da CME são os únicos que possuem regulamentação nos EUA. Dessa forma, servem como a principal forma de exposição ao BTC para grandes investidores.
Fundos, gestores e bilionários que buscam investir na criptomoeda geralmente recorrem aos futuros. Logo, aumentos no volume de futuros indicam aumento do interesse institucional.
Conforme dados da Glassnode, o número total de contratos pendentes na CME aumentou em 60% e chegou a 56.410. A disseminação entre o contrato de futuros do mês anterior à base do CME, também conhecido como premium ou base, e o preço à vista (spot) subiu de um 1% para mais de 16% este mês. Os dados levam em conta o cálculo anual.
Ao mesmo tempo, o preço do BTC atingiu um forte rali de alta e, de acordo com a Bybt, já chegou a 40% apenas em outubro.
ETFs impulsionam números
Mas outro fator contribuiu para a disparada das posições de OI: os ETFs de BTC. Desde a sexta-feira (15), o mercado vive uma forte expectativa sobre a aprovação desses fundos. Até que finalmente um desses ETFs começará a ser negociado a partir da terça-feira (19).
Criado pela ProShares, o ETF em questão investirá no BTC justamente através de contratos futuros. Ou seja, terá exposição indireta ao preço.
Nesse sentido, a atividade na CME aumentou em meio a expectativas de alta no preço nas próximas semanas. Com vários ETFs próximos de serem aprovados, bem como uma maior entrada dos investidores institucionais, é possível que esses números cresçam ainda mais.
“A especulação sobre um ETF de futuros de BTC realmente decolou na semana passada, já que a SEC estava com uma postura silenciosa à frente do prazo final de aprovação para o primeiro ETF, em 18 de outubro”, disse Martha Reyes, chefe de pesquisa da exchange Bequant.
Conforme noticiou o CriptoFácil, a Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) resolveu não se opor à criação de ETFs de futuros. Esses fundos são mais seguros e menos arriscados para os investidores, embora não invistam diretamente em BTC.