Os Fan Tokens têm chamado a atenção no universo esportivo que tem cada vez mais aderido às soluções.
A união entre esporte e tecnologia vem permitindo aumentar o engajamento com os torcedores. Na prática, eles ganham o direito a experiências exclusivas, como ingressos, visita a estádios e voto em decisões do clube.
CONFIRA: Cotações das criptomoedas
Os FTOs, como são chamados, foram lançados primeiro no futebol europeu em clubes como Paris Saint-Germain, Milan e Roma.
No Brasil, o primeiro clube a aderir foi o Atlético Mineiro com o lançamento do token $GALO, em parceria com a Socios.com.
Em seguida, o Corinthians anunciou o $SCCP, que teve 850 mil unidades esgotadas em duas horas após o lançamento.
Na mesma linha, recentemente, o Flamengo fez uma parceria com a plataforma para comercializar o token $MENGO.
De acordo com o clube, o torcedor que adquirir poderá, por exemplo, votar em detalhes do uniforme do time ou na música que irá tocar no aquecimento pré-jogo. Além disso, poderá participar de experiências e ter acesso a serviços exclusivos, entre outras coisas.
Fan Tokens
“O Fan Token, diferente das criptomoedas tradicionais, é um token de utilidade. No caso, o titular que está investindo adquire alguns benefícios dentro do clube, como conteúdos e produtos exclusivos, ingressos gratuitos, participação nas decisões do time e de sorteios com prêmios. Assim, ele atrela o investimento digital ao esporte, tornando os torcedores mais próximos de seu time”, comenta Tasso Lago, especialista em criptomoedas.
O Vasco é outro clube que tem experiência recente com o mercado de criptomoedas. Junto ao Mercado Bitcoin, o clube selecionou 12 jogadores com potencial de lucro e avaliou em R$ 50 milhões o valor que teria a receber pelo “pacote”.
Foram gerados 500 mil tokens a serem vendidos por R$ 100 no site da empresa.
“Um Fan Token é inclusivo para um certo tipo de comunidade. Um fã do esporte pode preferir, mesmo que de forma passional, os tokens de times em relação a uma moeda tradicional. Isso porque futebol é sua paixão e isso o motiva. Os clubes engajam a comunidade do futebol em troca de benefícios. Para o torcedor, a experiência e proximidade. Para a entidade, a monetização dessa paixão que as pessoas têm”, diz Tasso.
Conforme destacou Lago, ainda que o fan token tenha particularidades, a ideia para seu surgimento veio das criptomoedas.
“Dentro das criptomoedas existe um tipo de token de governança. Com ele, o investidor pode votar para que a rede tome determinada decisão, ajudando a escolher o caminho que o projeto vai seguir. Esse pensamento foi incorporado dentro do fan token. E cada vez mais clubes utilizam esse ativo no Brasil. Isso faz com que ele apresente uma alta tendência de crescimento no futebol profissional”, afirmou.