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Investing.com – A Ripple, empresa por trás da altcoin XRP, vive um momento de forte turbulência. Enquanto o XRP Ledger (XRPL) sofreu um colapso inesperado nesta semana, a equipe da Ripple tenta conter os danos e recuperar a confiança do mercado.
O diretor de tecnologia David Schwartz admitiu que a causa da falha técnica ainda não está clara, um sinal de alerta para uma blockchain que se posiciona como alternativa para pagamentos internacionais. No entanto, três fatores podem mudar essa trajetória: a desmistificação de um boato sobre inflação no XRP, uma parceria estratégica com bancos japoneses e um sinal técnico otimista que pode impulsionar o preço da moeda.
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Colapso do XRPL: "Ainda não sabemos o que aconteceu"
A paralisação do XRP Ledger pegou a comunidade de surpresa. Na última terça-feira, a rede interrompeu abruptamente o processamento de transações, gerando uma hora de incerteza, enquanto validadores se desconectavam.
Schwartz sugeriu que a rede pode ter se recuperado espontaneamente, uma declaração vaga que alimentou críticas de maximalistas do Bitcoin. “Felizmente, os bancos não utilizam XRP. Caso contrário, o sistema financeiro estaria em chamas”, ironizou um usuário no X (Twitter).
O CTO da Ripple, no entanto, rebateu as provocações, lembrando que o próprio Bitcoin enfrentou um apagão de oito horas em 2010, sem que isso comprometesse sua credibilidade.
Mito desmentido: Ripple pode criar XRP ilimitado?
O debate sobre a emissão de XRP voltou a ganhar força após Pierre Rochard, um maximalista do Bitcoin, afirmar em 26 de janeiro de 2025 que a Ripple poderia desativar o limite de 100 bilhões de XRP e criar trilhões de novas unidades.
A alegação causou alarde, mas foi prontamente refutada por validadores do XRPL. O desenvolvedor Vet desmontou a teoria, explicando que o limite de 100 bilhões de tokens está fixado no código desde 2012 e não pode ser alterado nem mesmo pela Ripple.
Além disso, cada transação no XRPL consome uma pequena fração de XRP, o que significa que a oferta da criptomoeda está, na verdade, diminuindo com o tempo.
Schwartz ironizou o alarde: "Criar um fork não muda o original. Se fosse assim, qualquer um poderia clonar o Bitcoin e dizer que é o verdadeiro."
Conclusão? A polêmica não passou de puro alarmismo.
Expansão global: Ripple avança no Japão com SBI Remit e Shinsei Bank
Enquanto críticos atacam o XRPL, a SBI Group acelera a adoção do XRP no Japão. Em 31 de janeiro, suas subsidiárias SBI Remit e SBI Shinsei Bank anunciaram uma parceria inovadora para viabilizar transferências internacionais instantâneas usando XRP como moeda de liquidação.
“Estamos reduzindo custos e acelerando transações para poucos segundos”, afirmou Yoshitaka Kitao, CEO da SBI.
Além disso, a Shinsei Bank participa do Project Agora, uma iniciativa liderada pelo Banco de Compensações Internacionais (BIS) para explorar a tokenização de moedas globais. Nesse contexto, o XRP pode desempenhar um papel fundamental na digitalização do sistema financeiro internacional.
Golden Cross: XRP rumo a US$ 22,40 – ou um novo colapso?
Um dos principais catalisadores especulativos para o XRP vem da análise técnica: o surgimento de um Golden Cross no gráfico semanal. Esse padrão ocorre quando a média móvel de 23 dias cruza acima da média de 200 dias, historicamente um sinal de forte alta.
O último Golden Cross relevante para o XRP foi em 2018, quando a criptomoeda disparou para 0,000229 BTC – o equivalente a US$ 22,40 nos preços atuais. Hoje, o XRP é negociado a 0,00002565 BTC, muito distante desse patamar.
No entanto, para atingir os US$ 22,40, a capitalização de mercado do XRP precisaria superar 1 trilhão de dólares, mais que o dobro do Bitcoin Cash.
"Um Golden Cross não é um passe livre para altas explosivas", alerta um analista. "Mas no mercado cripto, tudo pode acontecer."
Schwartz adotou um tom mais moderado:
"O momento é positivo, mas não há garantias."
Para os investidores, o dilema persiste: o XRP vai disparar para novos recordes ou continuará lidando com desafios técnicos?
Crise, otimismo e a grande incógnita do XRP
O colapso do XRPL não foi apenas um problema técnico, mas um golpe na credibilidade da Ripple, que busca convencer o setor bancário de que sua tecnologia pode substituir o SWIFT.
Enquanto maximalistas do Bitcoin comemoram o fracasso, a Ripple responde com fatos concretos:
- O limite de 100 bilhões de XRP é inalterável e programado no código desde 2012.
- A parceria com a SBI Remit e Shinsei Bank demonstra adoção real da tecnologia.
- O Golden Cross pode impulsionar o preço, atraindo traders especulativos.
Mas a grande questão permanece: o XRP pode realmente alcançar US$ 22,40, um valor que exigiria uma capitalização de mercado superior a 1 trilhão de dólares?
Para efeito de comparação, o Bitcoin levou mais de uma década para atingir essa marca. Além disso, o XRP ainda enfrenta desafios, como sua longa batalha jurídica contra a SEC e agora o impacto do colapso do XRPL.
“É um jogo de alto risco”, alerta um gestor de hedge funds. “Há fatores institucionais e técnicos que sustentam o XRP, mas também há muitas incertezas.”
Conclusão: XRP – o futuro do sistema financeiro ou apenas mais um ativo especulativo?
No final das contas, o XRP continua sendo um ativo polarizador: ao mesmo tempo que enfrenta desafios técnicos e desconfiança sobre sua descentralização, também impulsiona parcerias bancárias e desperta forte interesse especulativo.
Se o XRP conseguirá revolucionar as finanças globais ou se tornará apenas mais uma criptomoeda presa ao ciclo de hype e quedas, ainda é uma incógnita.
O que se pode afirmar com certeza? O mercado cripto jamais será monótono.
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