O preço do Bitcoin continua encontrando resistência na região dos US$ 12.000. Ainda assim, seu poder de processamento (hash rate) atingiu um novo recorde histórico.
De acordo com o site Blockchain.com, a taxa média de hash do Bitcoin em sete dias atingiu um novo pico de 129,075 TH/s. Os dados foram coletados nesta segunda-feira, 17 de agosto.
A conquista vem depois de duas semanas de crescimento bastante estagnado da taxa de hash. O recorde anterior tinha sido estabelecido em 28 de julho.
O hash rate é uma estimativa de quanto poder de computação os mineradores estão dedicando ao processamento de transações com Bitcoin.
Uma média mais alta sugere que os mineradores estão com expectativa de alta no preço. Com isso, eles dedicam mais poder de processamento para a rede. Já um hash rate em queda sugere expectativas negativas e saída de mineradores da rede.
Por isso, o hash rate é uma métrica muito importante. Ele geralmente possui uma forte correlação com altas ou quedas no preço do Bitcoin.
Dificuldade em resistência e correlação com ouro
O Bitcoin ultrapassou a barreira dos US$ 12.000 duas vezes em agosto. Porém, ele não conseguiu se manter nesse nível e caiu novamente para os US $ 11.000.
Bitcoin e ouro apresentaram forte alta em 2020. Isso porque muitos investidores se afastaram das finanças tradicionais durante a resposta do Federal Reserve e de outros bancos centrais à pandemia.
Em virtude disso, a busca por ativos de proteção aumentou de forma generalizada. Recentemente, a MicroStrategy anunciou a compra de mais de 21 mil Bitcoins como estratégia de proteção.
Por sua vez, o preço do ouro recentemente ultrapassou US$ 2.000 (R$ 10.000) por onça. Recentemente, o investidor Warren Buffett investiu um pequeno percentual na Barrick Gold, uma mineradora de ouro.
O investidor de Bitcoin, Max Keizer, disse que esse investimento de Buffett pode até levar o preço do Bitcoin para US$ 50.000.