Por Jonathan Stempel
NOVA YORK (Reuters) - Um investidor de criptomoedas norte-americano processou nesta quinta-feira um estudante do ensino médio do subúrbio de Nova York, acusando o jovem de 18 anos de ser o mentor e líder de um esquema de crimes cibernéticos que gerou milhões de dólares de prejuízo em moedas digitais.
O autor do processo, Michael Terpin, acusou Ellis Pinsky, de Irvington, Nova York, e seus supostos colaboradores de roubar 23,8 milhões de dólares em criptomoedas em janeiro de 2018, quando o réu tinha 15 anos, e está buscando indenização de 71,4 milhões de dólares.
Pinsky não pôde ser encontrado imediatamente para comentar. As ligações para um número de telefone dele obtido através de registros judiciais e uma pesquisa de registros públicos não foram atendidas. Não ficou claro se Pinsky tem um advogado.
Crimes envolvendo criptomoedas são um problema crescente, com perdas subindo para 4,52 bilhões de dólares no ano passado, ante 1,74 bilhão em 2018, de acordo com a empresa de segurança cibernética CipherTrace.
Em sua denúncia, Terpin disse que Pinsky e sua "gangue de bandidos digitais" roubavam suas vítimas depois de conseguirem o controle de seus smartphones através da técnica de invasão "SIM swap", que envolve clonar um chip de celular, e que Pinsky se gabava a amigos de que nunca seria pego.
Terpin acusou Pinsky e seus supostos colaboradores, nenhum identificado por nome na denúncia, de violar leis federais contra extorsão e fraude virtual.
Terpin também está processando sua operadora de telefonia AT&T Mobility em Los Angeles por 240 milhões de dólares, mostram registros judiciais. Um juiz está avaliando a proposta da AT&T de arquivar o caso, mostram os registros.