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Investing.com - O JPMorgan (NYSE:JPM) afirmou que é improvável que o mercado de stablecoins alcance as previsões de US$ 1 trilhão a US$ 2 trilhões feitas por alguns entusiastas de criptomoedas, destacando que a maior parte da demanda permanece vinculada a atividades de negociação em vez de pagamentos cotidianos, elevando o setor para cerca de US$ 500 bilhões até 2028.
A corretora estima que cerca de 88% do atual estoque de stablecoins de US$ 250 bilhões funciona como dinheiro para o ecossistema cripto, facilitando negociações, servindo como garantia e mantendo saldos inativos para exchanges e plataformas de finanças descentralizadas.
Menos de 1% está ligado a usos ilícitos, cerca de 6% à dolarização de mercados emergentes e outros 6%, ou aproximadamente US$ 15 bilhões, a pagamentos.
"A grande maioria da demanda por stablecoins provavelmente decorre de seu papel como ’lubrificante’ no ecossistema cripto", escreveram os analistas.
Mesmo supondo um aumento de dez vezes no uso para pagamentos, acrescenta a nota, essa fatia ainda cresceria apenas cerca de US$ 150 bilhões.
O cenário base do JPMorgan prevê uma duplicação na capitalização total do mercado de criptomoedas entre os halvings do bitcoin de 2024 e 2028, um cenário que implica um preço do bitcoin próximo a US$ 140.000, mas ainda se traduz em apenas 30% de crescimento para stablecoins no período, já que os volumes de negociação, não os pagamentos, continuam dominantes.
Enquanto isso, regras globais mais rígidas devem manter os fluxos ilícitos "estáveis", disse o banco.
Os analistas também rejeitaram paralelos com a implementação do e-CNY da China ou a ascensão do Alipay e WeChat Pay, destacando que as moedas digitais de bancos centrais e carteiras de sistema fechado são fundamentalmente diferentes dos tokens privados de rendimento zero em blockchains públicos.
Nos mercados tradicionais, o JPMorgan prevê uma "deterioração mais modesta" no equilíbrio entre oferta e demanda de títulos globais no próximo ano, mas ainda espera pressão para o aumento da curva.
A desaceleração do aperto quantitativo entre o Fed, BCE, BoE e BoJ reduzirá, mas não reverterá, a redução das compras oficiais, enquanto os fluxos de varejo para fundos de títulos, agora em um ritmo anual de US$ 800 bilhões, estão cada vez mais direcionados para produtos de duração mais curta, limitando seu suporte para dívidas de longo prazo.
"Estamos prevendo uma expansão mais moderada para US$ 500 bilhões até 2028", disseram os analistas, alertando que as esperanças de uma rápida migração de depósitos bancários ou ativos do mercado monetário para stablecoins ignoram o apelo dos instrumentos tradicionais que geram rendimento.
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