O mercado do Bitcoin (BTC) grita “bear market”. Em novembro de 2021, a criptomoeda valia US$ 68 mil. Desde meados de junho deste ano, no entanto, o BTC caiu em torno de 70%, atingindo US$ 22 mil.
Contudo, mesmo com esse cenário, ainda há investidores que estão com lucro. Mais precisamente, pouco mais de 50% dos investidores estão com lucro líquido não realizado.
Na semana passada, o Bitcoin fechou com alta de 9,15% e ficou acima dos US$ 22 mil, ou R$ 111 mil na cotação atual. Foi a segunda semana consecutiva na qual o BTC fechou com valorização, o que ajudou a aumentar o desempenho dos investidores.
50% dos investidores ainda lucram
Mesmo antes dessa valorização, quase 50% dos detentores de BTC estavam em território de ganho positivo ou não realizado. Isso está de acordo com uma métrica chamada Lucro ou Perda não Realizada Líquida (NUPL).
“Não realizado” significa simplesmente que o investidor não vendeu seu ativo. Portanto, o NUPL é uma métrica que estima quanto os investidores ganhariam ou perderiam se vendessem ao preço médio atual de mercado.
Pouco antes do repentino aumento do preço do BTC na semana passada, 47% dos investidores tiveram lucro em suas mãos, de acordo com algumas estimativas. Após a valorização, que ocorreu especialmente no final de semana, o número cresceu acima de 50%.
Outra estimativa do início desta semana, com base na análise de dados CryptoQuant, fixa essa porcentagem em uma margem ainda mais apertada, com o NUPL em -0,07. Quando o número é positivo, mais investidores retêm lucros não realizados e quando é negativo, mais investidores retêm perdas não realizadas.
Com esse número tão próximo de 0, a porcentagem de BTC com lucro é quase igual àquela com prejuízo – novamente, se o investidor vendesse no dia em que a métrica foi avaliada.
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Endereços de BTC com prejuízo diminuíram
Outros dados apontados pela empresa de análise Glassnode também mostram o número de endereços de BTC de 7 dias com prejuízo, chegando à paridade com os endereços em lucro no final de agosto e neste mês.
Enquanto isso, os detentores de longo prazo estão segurando seus BTC e movendo-os para fora das exchanges. Um relatório da SAXO Markets no início do mês observou que:
“No mês de agosto, as exchanges de Bitcoin sofreram uma retirada líquida. Cerca de 9% da oferta total está agora nas nas exchanges, contra 12% no início do ano. Um saldo cambial mais baixo geralmente está associado a uma diminuição na pressão potencial de venda”.
Mesmo em março, com o preço do BTC em forte capitulação em relação aos preços de novembro a janeiro e enfrentando enorme resistência, apenas 40% dos detentores estavam no prejuízo.
Quanto aos saldos líquidos, a queda indica que há menos investidores dispostos a vender seus BTC, o que diminui a pressão de venda do BTC.