CriptoFácil - Embora o universo de criptomoedas use o termo “descentralizado” quando se refere à carteira MetaMask, a realidade não é bem essa. Afinal, apesar de carteira ser “sem custódia”, ela é de propriedade da ConsenSys.
Portanto, a MetaMask acaba por ser uma carteira centralizada. E, como todo serviço centralizado, a MetaMask revelou que armazena alguns dados de seus usuários, até então, sem que eles soubessem e sem o seu consentimento.
A revelação de que a MetaMask guardava informações dos usuários foi feita em novembro e chocou a comunidade cripto. Enquanto a carteira pregava ser a carteira da Web3, ela praticava o bom e velho conceito de armazenamento de dados da Web2.
Então, após a revelação, a indústria cripto criticou muito Consensys, que foi a público afirmar guardar IP, carteira e endereços de cripto dos usuários.
MetaMask
Em busca de acalmar o mercado e retomar sua imagem de porta de entrada para a Web3, a Consensys foi a público explicar o caso. Na última terça-feira (06), a empresa disse que os dados coletados não eram um desvio ou mudança de suas políticas existentes.
“Eles são coletados apenas a fornecer maior transparência”, disse.
No entanto, embora tenha dito que não há nada de errado com essa coleta de dados, a ConsenSys afirmou que vai mudar sua política de usuário, e vai excluir os dados do usuário após uma semana. Além disso, destacou que os dados que a MetaMask armazena nunca tiveram como objetivo a venda para terceiros.
O anúncio também ressaltou que os usuários da MetaMask também terão, em breve, a opção de selecionar um provedor alternativo (RPC).
“Existem muitas boas razões pelas quais os usuários podem querer usar diferentes configurações de RPC. Afinal, eles podem hospedar seus próprios nós. Sempre acreditamos que parte do valor que oferecemos está no direito do usuário de sair de nossos produtos”, destacou o anúncio.