Bitcoin se tornará uma atividade completamente neutra em carbono a partir do quarto trimestre de 2024, desde que o número de empresas de mineração que usam gás metano aumentem. Foi o que afirmou o ambientalista e investidor de BTC Daniel Batten.
De acordo com Batten, desde 2018, várias empresas de mineração de BTC estão usando gases “jogados fora” para minerar Bitcoin. Esses mineradores usam desde gases de aterros sanitários e campos de petróleo para produzir eletricidade e abastecer os pools de mineração de BTC.
Conforme destacou o relatório que Batten publicou, são necessários apenas 187,1 megawatts (MW) de energia verde para a rede BTC se tornar “limpa”.
Ainda segundo ele, seriam necessários apenas 50 aterros de médio ou grande porte para tornar o BTC livre em carbono.
Para ele, isso é possível, levando em conta que 50 aterros sanitários é uma “pequena parcela do que existe” no mundo.
“Só nos EUA existem 1.400 aterros sanitários que deságuam diretamente na atmosfera”, disse ele.
Mineração de BTC
Destaca-se que a produção de energia com gás de aterro sanitário não é um processo “do outro mundo”, segundo ele. Afinal, só é necessário um sistema para queimar o metano e aproveitar esse calor em um gerador que converte a energia térmica em elétrica.
Além disso, Batten disse que já existem mineradores que aderiram a este sistema de produção de eletricidade nos últimos meses. Cerca de 132,5 MW de energia elétrica para mineração de Bitcoin foram colocados em operação a partir da queima de gás metano.
“5 em cada 10 operações de mineração baseadas em energia renovável com as quais tive contato direto disseram que estão avaliando ativamente a viabilidade do uso de gás de aterro sanitário para seu próximo projeto”, concluiu.