Os mineradores de Ethereum (ETH) podem não estar muito contentes com o atual estado de seus investimentos para validar as transações da principal criptomoeda do mercado voltada a contratos inteligentes.
Isso porque, além de o preço do ETH ter recuado mais de 30%, as taxas pagas para transacionar na rede tem diminuído.
Estes dois fatores unidos vêm ocasionando uma drástica redução na renda dos mineradores do Ethereum.
De acordo com a Glassnode, o percentual de lucros que um minerador de Ethereum recebe de comissões caiu para 34,25%, um de seus níveis mais baixos no ano.
Enquanto isso, dados do Etherscan mostram que, no começo do ano, enviar uma transação usando o Ethereum custava cerca de US$ 14. Hoje, este valor médio está em US$ 5, menos da metade do que era em pouco menos de 60 dias.
CONFIRA: Cotações das criptomoedas
Ethereum
Esta situação tem deixado os mineradores de Ethereum apreensivos. Afinal, uma nova queda no preço do ETH pode tornar a conta deficitária e obrigar parte dos mineradores menos capitalizados a desligar suas máquinas.
Apesar disso, a grande parte dos mineradores não pretende desligar seus equipamentos, mesmo com prejuízo, tendo em vista a mudança cada vez mais próxima no sistema de validação das transações no Ethereum.
O atual sistema de validação baseado em Proof-of-work (PoW) vai virar para Proof-of-Stake (PoS). Com isso, a mineração atual não irá mais funcionar, tornando as máquinas e equipamentos obsoletos para esta função.
De acordo com o especialista Alfredo Oquendo, a briga entre os mineradores de Ethereum é saudável e, ao contrário de mostrar um enfraquecimento na rede, mostra a força da blockchain:
“É difícil alcançar um equilíbrio no custo das comissões e recompensas de mineração que seja atraente para usuários e mineradores. No entanto, às vezes em que a balança pendeu a favor de qualquer um desses dois lados, a rede não parou”, disse.