Parece incoerente que um grupo de especialistas se esforce para padronizar algo que nasceu para não ter padrão. Mas esse é justamente o desafio que move a Comissão de Estudo Especial de Blockchain e Tecnologias de Registro Distribuídas (ABNT/CEE-307), criada como espelho do Comitê Técnico ISO/TC-307 – Blockchain and Distributed Ledger Technologies, segundo um comunicado de imprensa compartilhado com o Cointelegraph em 24 de setembro.
Segundo o comunicado, os brasileiros antecipam-se ao trabalho em curso na International Organization for Standardization (ISO), pois acreditam que blockchain é uma necessidade no país. A Comissão de Estudo Especial foi instalada pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) em dezembro de 2017 e então foram iniciadas as discussões sobre projetos de normas que compreendam arquitetura , terminologias, para harmonização de conceitos, elementos e fundamentos básicos para construção de soluções tecnológicas utilizando blockchain, com a finalidade de desmistificar algumas questões e orientar os usuários, principalmente quanto às boas práticas.
“Por ser uma tecnologia disruptiva, além de estar em alta no mercado pela sua abrangência tecnológica, envolvendo Internet das Coisas (IoT, na sigla em inglês), rastreabilidade, criptomoedas, mercado financeiro, processos antifraude, registros distribuídos na Saúde, rastreabilidade de produtos medicinais, entre outros, é um tema que gera muito interesse de todos os setores em âmbito nacional e internacional”, justifica o coordenador da ABNT/CEE-307, Eduardo Mugnai.