A notícia de que o Ministério da Economia estaria disposto a criar um novo Imposto sobre Transações Financeiras (ITF), nos moldes da antiga CPMF (extinta em 2007), abriu uma nova crise no governo Jair Bolsonaro e levou o ministro Paulo Guedes a demitir o secretário da Receita Federal, Marcos Cintra, na quarta-feira (11).
A colunista do jornal O Estado de S. Paulo, Cida Damasco, escreve nesta quinta-feira que o novo imposto, que faz parte da proposta de reforma tributária do governo, teria sido vazado por um assessor direto de Cintra para a imprensa, o que desagradou a Guedes. A atuação do agora ex-secretário nas investigações sobre seus filhos também não teria agradado o presidente Bolsonaro.
Ela explica que a "nova CPMF", com a qual o governo quer arrecadar R$ 150 bilhões, substituiria, de forma parcial ou total, um tributo já existente, a contribuição patronal sobre a folha de pagamentos, que na visão de Guedes inibe a criação de empregos. O ministro tem defendido que o imposto traz vantagens, como a facilidade na arrecadação.