Não foram apenas os bancos centrais que aumentaram a oferta de suas moedas. A oferta total de stablecoins atingiu uma alta histórica de US$ 10,4 bilhões (R$ 61 bilhões) na terça-feira (12). Foi a primeira vez que a oferta de stablecois superou a marca de US$ 10 bilhões.
Com 85,1% do valor de mercado e mais de US$ 8,8 bilhões (R$ 51,6 bilhões) em oferta total, a Tether (USDT) ainda domina o setor. O USDT foi responsável por boa parte dessa alta, visto que o criptoativo chegou a ocupar o Top 3 de valor de mercado recentemente.
Logo após o USDT vem o USDC, com 7,2% de participação de mercado. Por fim, a PAX (2,4%) e a Binance USD (1,8%) completam os quatro primeiros.
A oferta total de stablecoins registrou um aumento acentuado em 2020. Foi 79% de alta desde o início de fevereiro. Além do crescimento geral, o domínio do mercado da USDT também cresceu, saindo de 82% no início de fevereiro para 85% agora em maio.
Volatilidade favorece alta de stablecoins
Conforme relatou o CriptoFácil em abril, as stablecoins criadas na blockchain Ethereum (ETH) praticamente dobraram de valor. A alta foi de 95,38% no acumulado do ano, para US$ 6,25 bilhões (R$ 33 bilhões).
Grande parte dessa alta se deve à volatilidade do mercado. Conforme o dólar se valoriza perante outras moedas, as stablecoins lastreadas na moeda norte-americana tendem a seguir o mesmo caminho. Além disso, as stablecoins têm despertado o interesse de várias organizações.
Também em abril, Conselho de Estabilidade Financeira do G20 (FSB) liberou um documento com recomendações para a regulamentação de “stablecoins globais”. Com isso, criptoativos como o USDT e a Libra do Facebook podem experimentar regras mais claras no futuro. Inclusive despertando a atenção dos próprios bancos centrais, como o Banco Central Europeu (BCE).