O fim da mineração Ethereum com Proof-of-work tem data para ocorrer: 04 de setembro. Isso leva quem exerce essa atividade a buscar novos destinos rentáveis para continuar usando seus equipamentos de mineração.
De acordo com dados do BitInfoCharts, os mineradores já encontraram essa terra prometida: o Ethereum Classic (ETC). Só em julho, o poder de mineração dessa rede aumentou 23%, em relação ao mês de junho.
Enquanto isso, dados da Coinwarz mostram que o Ethereum perdeu aproximadamente 20% de seu hash rate entre o final de junho e o início de julho. E, segundo os dados do portal, esse hash rate migrou para o ETC.
Também houve uma grande atividade em termos de uso da rede. O número de transações em julho, por exemplo, aumentou mais de 60%. Da mesma forma, o número de endereços únicos dentro desta rede também aumentou mais de 70%.
Esse aumento nas atividades da rede Ethereum Classic se reflete no preço de sua criptomoeda. Desde meados de julho, o ETC teve um aumento de quase 200%, passando de US$ 13 para mais de US$ 40.
Mineradores do Ethereum
Vale ressaltar que, apesar do aumento do hash rate e do preço do ETC, por enquanto a rede Ethereum continua sendo a mais lucrativa para minerar. Segundo dados do portal Whattomine, o Ethereum é 15% mais lucrativo que seu concorrente mais próximo, o Ravencoin.
Sobre o Ethereum Classic, é a criptomoeda que preserva a contabilidade original do Ethereum. Em 2016, após o hack do DAO, o Ethereum decidiu fazer um fork, modificando seu blockchain como uma medida drástica para evitar tal roubo. Após o hard fork, vários usuários decidiram manter o Ethereum, como Ethereum Classic.
O fim da mineração Ethereum será dado pelo The Merge, atualização que vai fazer a rede ETH migrar do proof-of-work (PoW) para o proof-of-staking (PoS).