Por Jessica Bahia Melo
Investing.com – Com criptomoedas adotadas por parcela cada vez maior da população – ou até por países, a exemplo de El Salvador, quem ainda não está nesse mercado começa a repensar sobre essa classe de ativos. Para Marcelo Sampaio, CEO da Hashdex, gestora brasileira de criptomoedas, seja por meio de exchanges, plataformas com fundos ou ETFs na B3 (SA:B3SA3), a bolsa brasileira, o investimento em criptoativos está longe de ser apenas hype e de ter um final parecido com o da famosa bolha das tulipas. Sampaio abordou o cenário e as perspectivas das criptomoedas durante o evento Eleven Sessions, realizado pela Eleven Financial.
LEIA MAIS: Morgan Stanley cria time de análise de mercado para criptomoedas
Proibições e regulações em vista
Na visão do CEO da Hashdex, a regulação está indo em um bom caminho, com contratações de especialistas para tratar do assunto - visando a regulação, sem banir os criptoativos. “Todas as nações grandes que foram mais restritivas voltaram atrás. Não quer dizer que você não vai ter volatilidade de notícias. Mas ao que parece, os reguladores pensam em colocar regra para ajudar o mercado a se desenvolver”, acredita.
CONFIRA: Expedito Neto encaminha parecer sobre projeto de regulamentação das criptomoedas no Brasil
Classificação do ativo dentro do portfólio
Marcelo Sampaio orientou novos investidores a iniciar uma jornada: estudar, começar pequeno e combinar prazos para repensar aportes. Sobre a forma de investir, disse que prefere a ideia de aportar pela bolsa. “Gostamos da ideia da simplicidade e segurança, o fato de ser regulado, que a bolsa de valores traz. Pois, apesar de ser digital, o ativo pode ser roubado”, alerta.
Para o CEO da Hashdex, as criptos são classe de ativos utilizada para hedge (protegendo contra crises de liquidez), como instrumento de potencial retorno como um todo e conservador de riqueza, por não ter correlação com ativos como bolsa e dólar.
“A minha recomendação é que comece pequeno, porque o potencial é grande, mas o mercado é muito volátil. Não interessa quão inteligente você é, precisa de horas de voo. Não tem a ver com quão esperto você é ou seu background”, completa Sampaio.