Os reguladores dos Estados Unidos sancionaram o misturador de criptomoedas Tornado Cash alegando que ele era uma ferramenta de lavagem de dinheiro.
Porém, dados on-chain mostram que o contrário. De acordo com os dados, os seus principais usos são outros e apenas 10% de seus fundos vêm de ataques de hackers.
A empresa Chainalysis publicou um relatório, detalhando a origem dos diferentes fundos do Tornado Cash. Conforme mostra o relatório, o serviço não é voltado para os criminosos lavar dinheiro.
De acordo com a Chainalysis, desde seu lançamento em agosto de 2019, o serviço misturou cerca de US$ 7,6 bilhões em Ethereum. Deste total, quase 50% vieram de plataformas DeFi e 17,6% de exchanges centralizadas (CEX). Ou seja, apenas 17,7% são de endereços sancionados pelo Tesouro e 10,5% de fundos roubados.
Os fundos marcados como “sanções” não estão necessariamente relacionados a atividades criminosas. Estes endereços são de exchanges nas quais uma pessoa ou entidade que sofre sanções está envolvida.
Tornado Cash
O Tornado Cash é um protocolo que permite que as pessoas ocultem a origem ou destino de suas criptomoedas na rede ETH. Por isso, recebeu uma sanção do Tesouro dos EUA. Os reguladores indicam que a ferramenta facilita as ações de cibercriminosos ligados a hacks e outros crimes.
O código do Tornado Cash mistura as criptomoedas de um usuário com um pool de outro usuário. Isso é possível por meio de um contrato inteligente usando um método chamado “zero-knowledge proof” ou zk-SNARK. Dessa forma, é difícil para um observador externo rastrear a origem dos fundos.
Além de misturar Ethereum (ETH), também é possível usar o protocolo para evitar o rastreamento de Wrapped Bitcoin (WBTC). Além disso, também é possível usar o serviço para Dai (DAI), Tether (USDT), USD Coin (USDC), cDai (CDAI) e PKG token (PKG).