As taxas de transação do Ethereum, conhecidas como gas, atingiram um recorde histórico na terça-feira, 12 de agosto. O valor total alcançou US$ 6,87 milhões (R$ 37 milhões), de acordo com The Block Research.
O valor superou em quase 50% o recorde anterior, registrado durante o pico do mercado em dezembro de 2017. Na ocasião, as taxas arrecadadas foram de US$ 4,55 milhões (R$ 25 milhões).
De acordo com o site ETH Gas Station, que avalia as taxas da rede, o valor médio de cada transação foi de 200 gwei. No entanto, as taxas cobradas chegaram a mais de 700 gwei nas transações mais caras.
Em termos de dólares, os valores também foram significativos. A maior taxa cobrada na rede superou os US$ 5,00 (R$ 25,00).
Ethereum torna-se mais caro que Bitcoin
Por conta do repentino aumento nas taxas, o Ethereum tornou-se mais caro para uso do que o Bitcoin. A taxa de transação nesta não chegou aos 100 satoshis por byte nas últimas 24 horas.
Na última quarta-feira, 12 de agosto, foram arrecadados pouco mais de US$ 1,43 milhões (R$ 7,7 milhões) em taxas de transação no Bitcoin. Esse valor é quase cinco vezes menor que o pago em taxas no ETH.
Além disso, o valor das taxas pagas no Bitcoin foi levemente menor que no Ethereum, de pouco mais de US$ 4,00 (R$ 20,00).
Uso de DeFi destaca limitações do Ethereum
O recente aumento nas taxas do Ethereum sugere que a expansão das finanças descentralizadas (DeFi) continua a pressionar as taxas.
Com o aumento do uso, a pressão por mais escalabilidade tende a aumentar. Caso a rede não se expanda, é possível que o aumento das taxas siga firme.
Isso costuma ocorrer em tempos de alta demanda. Aconteceu durante a bolha das ICOs em 2017/18 e também durante a alta do mercado em 2017.
Porém, o nível de descentralização do ETH tem se mostrado insuficiente para aguentar a forte demanda. Apesar das falas em contrário do fundador do Ethereum, Vitalik Buterin, a descentralização tem ajudado o Bitcoin a ficar mais barato de utilizar.