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Átila Iamarino comete 5 erros em vídeo sobre Bitcoin; confira quais foram

Publicado 05.07.2021, 13:25
Atualizado 05.07.2021, 13:40
© Reuters.  Átila Iamarino comete 5 erros em vídeo sobre Bitcoin; confira quais foram
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O biólogo e pesquisador Átila Iamarino publicou um vídeo sobre Bitcoin (BTC) no final de semana. Além da criptomoeda, Iamarino também abordou a criação da tecnologia blockchain.

Em quase 22 minutos, Iamarino explicou ambos os conceitos de forma didática. No entanto, o vídeo também possui alguns erros conceituais e de informação.

Lastro, senha e halving

Inicialmente, Iamarino explicou corretamente o conceito por trás do dinheiro digital. Igualmente, falou sobre o contexto da crise de 2008, a criação do BTC e o white paper escrito por Satoshi.

O vídeo começa com a introdução sobre a origem do dinheiro e percorre até a dificuldade de criar uma versão digital e descentralizada da moeda. Um acerto do biólogo se dá a respeito do lastro do dólar no ouro, cuja explicação foi bastante didática.

Todavia, Iamarino cita o ano de 1971 como o fim do lastro do dólar em ouro. Na verdade, o lastro começou a se deteriorar antes disso. Ao eclodir a Primeira Guerra Mundial, por exemplo, diversos países suspenderam o lastro das suas moedas no dólar.

Logo após a Segunda Guerra Mundial, o lastro do dólar foi abolido no restante das moedas e mantido apenas no dólar. A Guerra do Vietnã, a partir de 1955, levou os Estados Unidos a acelerar a impressão de moeda, desvinculando cada vez mais a moeda de seu lastro. Logo, 1971 foi apenas a “oficialização” do final do lastro.

Outro equívoco diz respeito ao conceito da perda da senha, pois Iamarino afirma que se um usuário perde a sua senha, os BTCs guardados na carteira são perdidos. De fato, a perda da senha pode representar um risco, mas o que realmente dá acesso aos BTC são as palavras-passe.

Dependendo da carteira, uma senha pode ser recuperada. No entanto, a perda das palavras-passe é o que realmente dá a posse dos BTC. Sem elas, a perda de acesso às criptomoedas é irreversível.

O vídeo também se equivoca em relação à data do último halving. Segundo Iamarino, são minerados 6,25 BTC desde 2019. Na verdade, o corte da recompensa ocorreu em maio de 2020.

Confusão entre nós e mineradores

Pulando para o tópico do funcionamento da rede, Iamarino faz uma pequena confusão entre os participantes da rede do BTC. Em suma, a rede é formada pelos nós, que verificam e validam as transações, e os mineradores, que fornecem poder de computação para a rede.

Durante um trecho do vídeo, o biólogo faz uma pequena confusão entre nós e mineradores. “Quem empresta seu poder de computação como um nó da rede pode ganhar os Bitcoins criados com os cálculos ou uma comissão (taxas)”, afirma.

Os nós, que validam as transações, não são remunerados por este trabalho. A remuneração – via taxas e recompensa – é feita aos mineradores em troca de poder computacional, ao passo que os nós realizam um trabalho “voluntário”, por assim dizer.

Custo energético

No final, Iamarino fala sobre a famigerada crítica em relação ao custo energético do BTC. Em primeiro lugar, o pesquisador comete um erro a respeito da quantidade de energia.

Para Iamarino, o aumento da quantidade de força computacional apenas aumenta a dificuldade dos cálculos. Corretamente, o pesquisador explica que este aumento traz mais segurança para a rede. Quanto mais energia o BTC consome, mais segura a rede se torna; logo, mais valor o BTC possui.

O problema é que, nesta argumentação, Iamarino esquece de mencionar que mais de dois terços da energia do BTC provém de fontes limpas, ou seja, que não poluem o meio ambiente. Ademais, grande parte desta energia também é reaproveitada, isto é, o BTC utiliza energia que seria desperdiçada de outra maneira.

Ethereum mais utilizado que Bitcoin

No entanto, o vídeo não é composto apenas por erros. Perto da metade do vídeo, Iamarino começa a falar das demais criptomoedas. Ao chegar na Ether (ETH), o pesquisador afirma que a criptomoeda é mais utilizada para transações do que o BTC.

De maneira geral, esta afirmação está correta. Desde 2018, a ETH realiza mais transações do que o BTC, visto que possui uma maior capacidade de transações. Os dados são do site BitInfoCharts.

Por CriptoFácil

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