Por Rich McKay
(Reuters) - Robert Mueller, procurador-especial do Departamento de Justiça dos Estados Unidos, está especificamente autorizado a investigar as alegações de que Paul Manafort, ex-chefe de campanha do presidente dos EUA, Donald Trump, se mancomunou com a Rússia para interferir na eleição presidencial de 2016, mostraram documentos registrados em um tribunal na segunda-feira.
Os documentos também mostram que Mueller está especificamente autorizado a investigar os laços de Manafort com o ex-governo ucraniano pró-Moscou.
Os papéis foram apresentados em reação a uma moção de Manafort que questionou a autoridade de Mueller para processá-lo.
Atualmente Manafort não enfrenta acusações relacionadas à eleição presidencial de 2016 ou à suposta interferência russa, mas é acusado de ter cometido fraude bancária, feito declarações de imposto de renda falsas, conspirado contra os EUA planejando lavar dinheiro e não se registrar como um agente estrangeiro quando fez lobby pelo ex-governo da Ucrânia.
Sua moção pediu a anulação destas acusações com o argumento de que Mueller não tem autoridade para investigar seus negócios com Kiev.
Nenhuma das partes envolvidas no caso estava disponível para comentar na manhã desta terça-feira.
Trump tem repetido que não houve conluio entre sua campanha e a Rússia.