Não são só as criptomoedas que estão na mira das gestoras de ativos para lançamentos de fundos negociados em bolsas (ETFs). As empresas que atuam neste setor também estão atraindo a atenção.
Prova disso é que a gestora Valkyrie submeteu à Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos, a SEC, um pedido para listar na Nasdaq um ETF que oferece exposição a ações de empresas que atuam com mineração de Bitcoin (BTC)
De acordo com o documento enviado na quarta-feira (26), o ETF Valkyrie Bitcoin Miners vai investir pelo menos 80% dos seus ativos líquidos em valores mobiliários de empresas que obtêm ao menos 50% do lucro com mineração da criptomoeda.
Já os outros 20% seriam investidos em empresas que detêm “uma parcela significativa de seus ativos líquidos” em Bitcoin. Como resultado, o fundo pode ser afetado por movimentos no preço da criptomoeda.
O fundo vai cobrar uma taxa de 0,75% e vai seguir o índice da FTSE, abarcando tanto empresas dos EUA quanto de outros países.
Na prática, o fundo se assemelha ao ETF Digital Asset Mining proposto pela VanEck em dezembro de 2021.
Da mesma forma, este fundo planeja investir 80% de seus ativos totais em títulos de empresas de mineração. Neste caso, a SEC tem até 14 de fevereiro para tomar uma decisão sobre o fundo ou prorrogar o prazo.
ETFs de Bitcoin
As requisições de ETFs vinculados a atividades envolvendo o Bitcoin foi a saída que as gestoras de ativos dos EUA encontraram para oferecer exposição aos mercado cripto de alguma forma.
Isso porque até hoje a SEC não aprovou um ETF de Bitcoin à vista. Ou seja, um fundo que oferece exposição direta ao criptoativo.
Em vez disso, aprovou no final do ano passado o primeiro ETF de futuros de Bitcoin, o da ProShares. Em seguida, foi a vez da VanEck e da Valkyrie terem seus ETFs de futuros de BTC aprovados pela SEC.
Estes produtos tiveram sucesso em seus lançamentos. O da ProShares, por exemplo, movimentou quase US$ 1 bilhão nas primeiras 24 horas, o segundo maior valor da história.