Na quinta-feira (28), o token não fungível (NFT) mais caro da história foi vendido por US$ 130 milhões. O valor é tão alto que supera muitas obras de artistas clássicos como Van Gogh, Picasso e Monet.
Embora a venda pudesse ser considerada um recorde histórico e um marco para o mercado de criptoativos, a história não foi tão empolgante assim.
Especialistas na área descobriram que o comprador é o mesmo dono da obra. Ou seja, não houve venda efetiva.
A transação foi realizada na Larva Labs por 124.457 ETH. No entanto, apenas uma hora após a compra, um rastreador de transações na rede Ethereum relatou no Twitter que o comprador transferiu o NFT de volta para a carteira do vendedor.
Dessa forma, verificou-se que não se tratava de uma venda genuína. E, muito provavelmente, o comprador usou a venda para tentar inflar o valor da obra e, com isso, ganhar ainda mais em uma nova venda.
Interessante notar que o comprador solicitou um empréstimo para pagar o preço milionário que ele próprio, como vendedor, aplicou em seu NFT.
Inflar o valor da obra
A comunidade cripto não viu com bons olhos a ação e destacou que a venda era uma manipulação de mercado.
Vários entusiastas concordam que o proprietário do NFT provavelmente queria aumentar sua reputação e a valorização do NFT.
Além disso, especialistas apontaram que o NFT listado com o código 9998 no CryptoPunk não atende aos parâmetros necessários para ser cotado ao preço que foi vendido.
Embora os CryptoPunks possam ser caros, essa venda em particular levantou suspeitas. Isso porque o punk mais caro até então havia sido vendido por US$ 11 milhões.
CryptoPunks são coleções de avatares NTF com mais de US$ 1,5 bilhão em volume de vendas. Eles foram alguns dos primeiros tokens não fungíveis criados no mercado.