A estatal venezuelana Corpoelec está sendo acusada de cortar o fornecimento de energia de alguns mineradores de criptomoedas.
Os mineradores supostamente afetados ficam no estado de Carabobo, localizado a duas horas da capital Caracas.
Aparentemente, a fornecedora de energia está obedecendo às ordens que vêm do Ministério da Energia da Venezuela.
Fornecedora corta a energia de mineradores de criptomoedas
A informação sobre o suposto boicote aos mineradores foi anunciada pelo portal venezuelano CriptoNoticias.
De acordo com o site, as equipes de mineração de Carabobo tiveram a sua ligação com a rede de energia cortada por funcionários da Corpoelec.
Nessa linha, um dos mineradores — que preferiu permanecer anônimo — relatou a situação:
“No final de semana, recebi uma informação de que estavam desligando e desconectando os mineradores de Carabobo. Desligaram todos; não sei de alguém que tenha conseguido permanecer ativo”, afirmou o minerador.
Além disso, aqueles que foram afetados pela ação da fornecedora estavam registrados perante o estado da Venezuela.
Vale lembrar que os mineradores do país são obrigados a fazer um registro oficial das suas atividades, conforme reportado pelo CriptoFácil.
Esses mineradores também serão obrigados a, no futuro, contribuir para um pool de mineração público venezuelano.
Reunião com mineradores foi suspensa
As autoridades do Ministério da Energia haviam convocado uma reunião com os mineradores de Carabobo para esta quinta-feira (12).
No entanto, a reportagem informou que a reunião foi, aparentemente, suspensa. Assim, o encontro foi adiado para o dia 19 de novembro.
Ademais, a situação está provocando a necessidade de união por parte dos mineradores de criptomoedas da região, segundo explica outra fonte:
“Se não comparecermos em massa, não teremos forças para exigir os nossos direitos. Peço, por favor, que todos nós acompanhemos essa situação. Somente a união nos permitirá avançar”, ponderou um segundo minerador.
A reunião contará com a presença de representantes da Corpoelec e de funcionários públicos do estado de Carabobo, além dos próprios mineradores.