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Braço da Al Qaeda no Iêmen divulga vídeo com suposto refém norte-americano

Publicado 04.12.2014, 10:08
Atualizado 04.12.2014, 10:10
Braço da Al Qaeda no Iêmen divulga vídeo com suposto refém norte-americano

DUBAI (Reuters) - A ramificação da Al Queda no Iêmen publicou um vídeo do que parece ser um refém norte-americano ameaçado de morte caso demandas não especificadas não sejam atendidas.

No vídeo, o homem se identifica como Luke Somers e diz ter sido sequestrado há bem mais do que um ano. Ele afirma estar em busca de "qualquer ajuda que possa me tirar desta situação".

A Reuters não pôde confirmar a autenticidade do vídeo, que foi publicado no YouTube e em outras redes sociais na quarta-feira à noite e repercutido pelo SITE, uma organização que monitora comunicações de militantes.

O homem no vídeo diz ter nascido na Grã-Bretanha e possuir cidadania norte-americana.

Somers, um jornalista de 33 anos, foi sequestrado na capital do Iêmen, Sanaa, em setembro de 2013, juntando-se a vários outros estrangeiros, incluindo ocidentais mantidos em cativeiro por militantes de grupos armados muçulmanos sunitas no país da Península Arábica.

No vídeo, um membro da Al Qaeda na Península Arábica (Aqap), braço iemenita da rede militante, critica a política externo do presidente dos EUA, Barack Obama, que, segundo ele, leva a mortes e "massacres", citando como exemplo os ataque com drones no Iêmen e ataques aéreos contra supostos militantes por todo o mundo muçulmano.

"Alertamos Obama e o governo norte-americano das consequências de seguir adiante com qualquer outra ação estúpida", disse o representante da Aqap identificado como Nasser bin Ali al-Ansi.

"Nós damos ao governo norte-americano um prazo de três dias a partir da divulgação deste comunicado para atender a nossas demandas, sobre as quais tem conhecimento; caso contrário, o refém norte-americano mantido por nós vai encontrar o seu destino inevitável", acrescentou ele, sem especificar as demandas, que, segundo ele, os EUA "conhecem bem".

De acordo com autoridades dos EUA, a Aqap tem financiado suas operações com milhões de dólares em resgates pagos em troca de reféns europeus.

(Reportagem de William Maclean)

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